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NEM TE CONTO

Ao iBahia, atriz baiana fala sobre estreia na novela 'Em Família'

Jéssica Barbosa contou ainda um pouco da experiência de contracenar com grandes atores e da preparação para compor o personagem

• 06/02/2014 às 15:37 • Atualizada em 28/08/2022 às 20:31 - há XX semanas

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Jéssica Barbosa, natural de Feira de Santana, na Bahia, foi convidada por Jayme Monjardim e Manoel Carlos para integrar o elenco da nova novela das 21h, 'Em Família'. Na trama, a moça interpreta Neidinha, filha de Maria, papel interpretado por outra baiana, a atriz Cyria Coentro. Em um bate papo com o iBahia na tarde desta quinta-feira (06) a baiana contou um pouco da experiência de contracenar com grandes nomes da teledramaturgia brasileira e da preparação para compor o personagem que, na segunda fase da trama, sofrerá um estupro. Confira a entrevista completa:
iBahia - Como surgiu o convite para participar da novela? Você fez algum teste? Jayme Monjardim já tinha visto o meu trabalho no filme 'Besouro' e aí ele e Manoel Carlos assistiram algumas cenas do filme e me convidaram para fazer a novela. A partir daí, fiz um teste de caracterização porque minha personagem tem duas fases: uma com 16 anos e a outra com 18. Mas como tenho 28 anos eles queriam testar para ver como eu fotografava para eles analisarem desde o estilo do cabelo até a roupa. Fui aprovada. Aí o Jayme, na primeira reunião, já me entregou uns dez capítulos e falou que eu teria uma responsabilidade grande por ser uma novela do Maneco, que ela ia sofrer um estupro e que ia ser muito importante para a novela. iBahia - Como foi a preparação para o seu personagem? Fale um pouco sobre ele.A novela tem duas fases: uma em Goiânia, na década de 80 e uma outra, no Rio de Janeiro, após 20 anos. Então eu só participo dessa fase carioca. Minha personagem (Neidinha) é a melhor amiga da Helena (Bruna Marquezine) e ela é irmã do Virgílio (Arthur Aguiar) que participa do triângulo amoroso entre ela e Laerte, primo dela. Vai acontecer um conflito muito importante na trama que a minha personagem vai resolver essa questão com o irmão. O sonho dela é ir para o Rio de Janeiro estudar enfermagem e isso acontece na terceira passagem da novela quando uma outra atriz interpreta meu papel e vai trabalhar em um asilo. A Érika Januzza, que fez Subúrbia será minha filha nessa fase. Minha personagem é namoradeira, está na fase de descobertas. Aí quando ela chega no Rio de Janeiro, fica deslumbrada com tudo e um dia é estuprada.
Jéssica Barbosa é Neidinha nas duas primeiras fases e Elina de Souza na terceira; ela é irmã de Virgílio (Arthur Aguiar/ Nando Rodrigues/ Humberto Martins) e amiga de Helena (Julia Dalavia/ Bruna Marquezine/ Julia Lemmertz)
iBahia - Apesar de muitos trabalhos como atriz, você esperava estrear em uma novela das 21h, de Manoel Carlos? Eu não sabia que ia estrear assim, pedia para que fosse assim (risos). Que fosse em uma novela das 21h, por ser um horário nobre, não teria melhor porta de entrada. O Jayme Monjardim tem uma equipe muito boa. Todo mundo se respeita. Foi muito bom trabalhar com eles. E entrar na novela como convidada, né? Cheguei muito bem na novela. Tem outra atriz aqui da Bahia, Coento, que faz minha mãe, me apresentou a todo mundo, porque ela já conhecia... não poderia ter começado melhor. iBahia - Qual a sensação de poder contracenar com grandes nomes da TV como Júlia Lemmertz e Bruna Marquezine? Tem aprendido muito com elas? Está sendo maravilhoso conhecer todo mundo. Júlia Lemmertz, já encontrei algumas vezes nos corredores e ela é um amor de pessoa. Admiro muito o trabalho dela como atriz. A versatilidade também. Giovanna Antonelli também. Tive a oportunidade de falar que tenho muita admiração pelo trabalho dela. A Bruna é um amor de pessoa, ótimo contracenar com ela. Uma pessoa brincalhona, torna tudo uma grande diversão, a gente brinca muito juntas. Mas a pessoa que mais tenho contato é a Cyria Coentro, uma excelente atriz. Jayme e Manoel Carlos adoram o trabalho dela. Ela é fantástica. Aprendi muito com ela tanto como atriz como pessoa também.iBahia - Você gravou uma cena de estupro inspirada na história da turista americana que passeava pelo Rio de Janeiro em 2013. Você teve contato com ela ou outras pessoas que passaram pela mesma situação? Foi difícil gravar essa cena? A gente fez uma pesquisa muito grande dos casos. Inclusive, li todo o material que fala sobre esse caso da turista americana que foi para o Rio de Janeiro, em que Manoel Carlos se inspirou para escrever a cena da Neidinha. Usei muito dos relatos dos policiais para poder construir a minha cena. Trabelhei muito no sentido de fazer exercícios para criar disponibilidade para o meu corpo. Teve uma troca muito grande com os atores. A cena tem muitos cortes. Foram mais ou menos, três horas de gravação. A câmera estava dentro da van com a gente. O diretor no banco de trás acompanhando tudo de perto e os outros três atores. Então a van estava muito cheia (risos). A gente foi fazendo a cena ser bem forte, no calor da emoção. E foi bem duro, cansativo. Fiquei com alguns roxos. Mas a grande motivação da cena foi saber que ela vai passar na novela das 21h, assistida por todo mundo. Esses casos de violência contra mulher são mais comuns do que a gente imagina. A gente está o tempo inteiro correndo risco. É um debate válido. Porque muita gente pode dizer: 'Mas essa personagem é muito assanhada, só usa roupa curta, por isso foi estuprada'. Que absurdo! A mulher não vai ser violentada por causa do tipo de roupa que ela usa. Ainda há alguns equívocos na forma das pessoas pensarem. Espero que essa cena possibilite essa reflexão. iBahia - Além da novela 'Em Família', você está fazendo outros trabalhos no teatro ou cinema? Estou dirigindo um documentário que se chama 'Cicatriz', em parceria com um baiano, Leon Sampaio, que é de Feira de Santana, assim como eu. Estamos fazendo a captação do filme e espero que daqui a pouco ele esteja rodando em todos os cinemas. É o meu primeiro trabalho como diretora e acho que ele se conecta muito com o meu trabalho de atriz. Porque ele fala de cicatriz, no sentido de memória, história, afeto e corpo. O documentário trabalha muito com isso: relato, depoimento do outro. Por isso, tenho esse interesse por documentário. É um passo grande. Porque fazer cinema é difícil e dirigir também. Também estou com muita vontade de trabalhar com os meus projetos autorais. Então todos os convites serão bem vindos. Já recebi algumas propostas, até de um longa-metragem, mas ainda não há nada definido. O ano só está começando. *Colaborou Eliomar Santos

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