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Aterro pesado demais fez a adutora romper na BR-324, aponta Crea

A visita do Crea foi realizada junto com técnicos da CCR Metrô Bahia, responsável pelas obras e operação do metrô

• 01/05/2015 às 10:39 • Atualizada em 30/08/2022 às 10:33 - há XX semanas

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O rompimento da adutora da Embasa, que deixou mais de 1 milhão de pessoas sem abastecimento por mais de uma semana em Salvador, no início do mês abril, foi provocado por excesso de peso, em função de um aterro realizado nas obras do metrô. Essa é a avaliação inicial dos cinco engenheiros que compõem a Comissão Especial da Câmara de Engenharia Civil do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (Crea-BA), que visitou o canteiro de obras do metrô, na BR-324, na Jaqueira do Carneiro, durante a manhã de ontem. A visita foi realizada junto com técnicos da CCR Metrô Bahia, responsável pelas obras e operação do metrô. De acordo com comunicado do órgão de engenharia, a visita apontou que durante as obras não houve o trabalho de máquinas retroescavadeiras, nem bate-estaca. “As informações iniciais são de que o acidente foi provocado por excesso de peso sobre a linha da adutora, em função do aterro realizado no local com as obras do metrô”, diz a nota.
Técnicos do Crea-BA e da CCR, responsável pelas obras, visitam local onde a adutora rompeu, na BR–324 (Foto: Divulgação)
Líder da comissão, o conselheiro do Crea-BA e professor da Escola Politécnica da Ufba Luiz Edmundo Campos pondera, porém, que é prematuro falar em erro no projeto. “Ainda vamos avaliar o projeto da obra. Descartamos que a causa do rompimento tenha sido o uso de máquinas naquele dia, e acreditamos que o aterro tenha sido feito pois precisavam colocar o metrô mais alto do que o terreno natural”, explicou. Segundo Edmundo, durante a vistoria de ontem, os técnicos da CCR prestaram contas dos levantamentos da região realizados antes das obras e as providências adotadas pela empresa após o rompimento, que provocou imenso alagamento na região, paralisando a obra e prejudicando a população moradora do entorno, principalmente no Calabetão, que teve as casas invadidas por água e lama. A adutora atingida é o principal equipamento de abastecimento da capital baiana, que traz água do reservatório de Pedra do Cavalo, em Cachoeira, no Recôncavo. O acidente aconteceu no dia 1º de abril, deixando mais de cem bairros da capital baiana sem água até que uma nova rede de distribuição, de 500 metros de extensão e 1,5 metro de diâmetro, foi implantada, seis dias depois. De acordo com o Crea-BA, a CCR Metrô Bahia tinha conhecimento de que a adutora da Embasa passava pelo local, diversos levantamentos haviam sido feitos e, inclusive, a mudança do sentido da adutora já estava previsto antes mesmo do rompimento da tubulação. Segundo o Crea-BA, a CCR tem até 10 dias para enviar o projeto, cronograma de obras e estudos da implantação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, para que sejam avaliados pelos engenheiros do Crea-BA. A Embasa, empresa ligada ao governo do estado, também deve apresentar laudos técnicos sobre o rompimento. Procurada pelo CORREIO, a Embasa afirmou que não irá comentar sobre a visita e que ainda elabora documento que vai determinar as causas da perfuração da tubulação. Em nota, a CCR Metrô Bahia confirma que recebeu a visita de dirigentes do Conselho e ressaltou que “as investigações ainda estão em curso e, neste momento, não é possível fazer qualquer afirmação sobre as causas do rompimento da adutora”. Cadastro Após a visita de ontem, os engenheiros do Crea-BA afirmam que têm o objetivo de criar um cadastro atualizado do subsolo das áreas por onde passam as linhas do metrô, já que existem linhas subterrâneas de telefonia, água, esgoto, gás, fibras ópticas e energia. Segundo o conselheiro do Crea-BA e presidente da Associação dos Engenheiros Agrimensores da Bahia (Aseab), Alessandro Machado, o estado e o país são carentes de cadastro integrado que centralize todas as informações sobre solo e subsolo. “Estamos trabalhando para que seja criado projeto de lei no sentido de organizar as informações de ocupação e ordenamento do solo, como existe em cidades desenvolvidas do Equador, França, Inglaterra, Alemanha e outros países. O objetivo é ter um cadastro atualizado que possa ser acessado para qualquer intervenção no solo e subsolo”. A CCR informou aos enegnheiros que está realizando um trabalho “criterioso” para investigar o subsolo e as galerias da Avenida Paralela, por onde passará a nova linha do metrô.
Correio24horas

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