O consumo de agrotóxicos no Brasil saiu de 2 bilhões de dólares para mais de 7 bilhões entre 2001 e 2008. Em 2009,o país alcançou a posição de maior consumidor mundial de agrotóxico, com mais de um milhão de toneladas. As informações são de um relatório divulgado nesta quarta (8) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O uso de sementes transgênicas foi um dos responsáveis pelo resultado, já que os transgênicos exigem grande quantidade de agrotóxicos em sua produção.
Em entrevista ao O Globo, a biomédica do Inca, Marcia Scarpa, da unidade técnica de exposição ocupacional e ambiental, disse que há dois tipos de intoxicação pelo agrotóxico: agudo, ligado a sintomas logo após o contato, e crônico, que ocorre quando o indivíduo é exposto a pequenas quantidades por longos períodos.
"É difícil quantificar este impacto, apesar das comprovações científicas. Por exemplo, existe uma subnotificção de casos de intoxicação aguda. O efeito pode ser confundido com outros problemas como viroses"— diz a especialista ao destacar que a subnotificção média é de 1 notificados para cada 50 não notificados.
Irritação da pele e olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarreia, espasmos, dificuldades respiratórias, convulsões e morte estão entre os efeitos dessas substâncias à saúde, além do câncer. Com informações de O Globo.
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