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Cadeias se tornam cenários principais de séries e programas de TV

O tom de cada um deles é absolutamente diferente, mas há algo que todos têm em comum: a prisão como ambiente principal

Redação iBahia • 25/07/2016 às 7:30 • Atualizada em 01/09/2022 às 14:35 - há XX semanas

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Há o humorístico "Xilindró", há as comédias dramáticas "Orange is the new black" e "Wentworth", há o drama "1 contra todos", há o reality show ficcional “Supermax”. O tom de cada um deles é absolutamente diferente, mas há algo que todos têm em comum: a prisão como ambiente principal.
"É um cenário histórico, presente em clássicos do cinema, da literatura. Faz a gente pensar naquelas masmorras como em “O conde de Monte Cristo" (romance francês escrito por Alexandre Dumas em 1845). E para o público, há sempre a expectativa sobre quando o personagem vai conseguir sair dali. Há uma torcida pelo escape", explica o diretor José Alvarenga.

				
					Cadeias se tornam cenários principais de séries e programas de TV
Foto: Divulgação
Alvarenga está à frente da série "Supermax", com estreia prevista para o ano que vem, na Globo. A atração ficcional, que tem Mariana Ximenes e Cleo Pires no elenco, retrata os bastidores e a produção de um reality show permeado por acontecimentos esdrúxulos. Na história, a ação se passa numa prisão desativada na Amazônia. Para tanto, foi erguida no Projac, os estúdios da Globo, uma estrutura que recria um presídio de segurança máxima com três andares e 800m². Fundamental para dar o clima mórbido que a série pede, afirma Alvarenga.
"No nosso caso, os confinados são pessoas que já estiveram presas e voltam a uma prisão. É aquilo, eles perdem o direito de ir e vir, o direito de escolha. E a gente sabe o valor da liberdade. É um lugar assustador, que afeta totalmente o psicológico", analisa ele. "A prisão foi construída no fim do Projac, um lugar inóspito. O elenco não ficava esbarrando com atores da emissora no corredor, acho que bateu uma sensação de desapego com o mundo real".
Desapegar do real e criar um universo paralelo também são os objetivos de “Xilindró”, que estreia amanhã, e será exibido de segunda a sexta, às 22h30m, no Multishow. O programa traz o humorista Gustavo Mendes — conhecido por suas imitações da presidente afastada Dilma Rousseff — como Amadeus, homem que vai preso por roubar as receitas do restaurante onde trabalhava. Atrás das grades, conhece os mais variados tipos, como o ex-político corrupto Lourival (Paulinho Serra), o mauricinho golpista Cézar (Oscar Filho) ou Matusalém (Ataíde Arcoverde), o detento mais antigo do lugar.
Do humor ao mundo cão
"A prisão é um lugar que dá pano para manga. Há um universo paralelo acontecendo dentro dela que ninguém conhece, só quem está lá. Por isso mesmo, fiz questão de não ver nenhum programa passado num presídio. Queríamos criar o nosso próprio ambiente, mas que não fosse dramático. Foi difícil, mas acho que sobrevivemos a essa linha tênue", pondera Gustavo.
O diretor Pedro Antonio reitera que a intenção do humorístico não é levar ao espectador a densidade da rotina numa prisão real. No caso da produção, compara, o cenário principal serve para reunir personagens num só lugar, no estilo da vila do infantojuvenil “Chaves”.
"Pegamos o que há de mais engraçado no quesito bullying, do farsesco. É um confinamento mais lúdico, como a vila do Chaves, onde um personagem mora dentro um barril. Conseguir extrair comédia da prisão é não ir para o realismo. Ao mesmo tempo, reunimos tipos bem caricatos, símbolos da sociedade num retrato mais cômico. Não são personagens saídos do filme "Carandiru"", observa ela, referindo-se ao longa de 2003, dirigido por Hector Babenco.
Ideia oposta à do diretor Breno Silveira, que se inspirou em uma história real, um caso que ouviu, para criar o roteiro da série "1 contra todos", exibida pela Fox às segundas, às 22h30m. Breno acredita que a violência na sociedade faz com que os presídios estejam cada vez mais presentes na ficção.
"A série mostra um tipo brasileiro cada vez mais raro, um homem inocente e ético, que vai parar lá por engano. E dentro precisa mudar se quiser sobreviver. A gente vê o quanto ele é corrompido dentro deste sistema", reflete Breno, afirmando que a cadeia possibilita personagens infinitos, já que reflete a sociedade.
Caso da série "Orange is the new black", cuja quarta temporada está disponível na Netflix desde 17 de junho. A história é baseada no drama real da escritora Piper Kerman, presa pelo crime de lavagem de dinheiro. Na tela, ela é vivida por Taylor Schilling, que precisa se adaptar às normas e às companheiras de cela no presídio feminino de segurança mínima Litchfield, em Nova York.
É, parece que laranja é mesmo o novo preto.

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