"Bowie era masculino e feminino,
rei e rainha, alienígena e humano, transcendental e
sublime; era capaz de inspirar e se entregar ao
público, em última instância era capaz de ser o
público, de tornar-se a encarnação dos seus
sonhos, desejos e medos”...
O livro 'David Bowie e os anos 70 – O homem que vendeu o mundo' (editora Nossa Cultura - R$ 59,90) chega às livrarias brasileiras com a proposta de destrinchar um dos artistas mais polêmicos e múltiplos do rock mundial. O britânico David Bowie influenciou foi influenciado, ao longo da carreira, brincou com o masculino e o feminino, fez uma série de álbuns incríveis e ganhou a identidade de camaleão. Tudo isso está relatado nesta biografia escrita por Peter Doggett (autor de 'A batalha pela alma dos Beatles').
Autor fez um mergulho profundo e cronológico no universo de Bowie e apresenta na publicação um apanhado sobre as facetas e o processo criativo do artista, entre os anos de 1969 e 1980. Para isso, ele faz um passeio por cada música e cada disco do artista, que soube se manter criativo e questionador, incorporando personagens. Além disso, o livro traz, ainda, pequenos ensaios sobre os temas que exerceram influência na obra do cantor. Há também depoimentos de artistas sobre o camaleão. A frase de Lou Reed esta entre eles: “O rock’n’roll tem sido um tédio, a não ser pelo trabalho do David”.
O ponto de partida foi o primeiro sucesso de Bowie, 'Space Oddity' (1969) e a análise de Dogget chega ao ano de 1980, quando foi lançado 'Scary Monsters'. A análise do autor é respalda por detalhes sobre a forma de se vestir e pelo comportamento do artista, neste período. Os leitores também poderão ler sobre a relação do cantor com outras personalidades, a exemplo de Andy Warhol, Iggy Pop e Lou Reed; suas participações em filmes da época e seu processo de transformação desde uma figura andrógina e envolta em uma atmosfera pesicodélica até o Bowie de cara limpa, a partir dos anos 80.
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