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Com 'coisas' conectadas, ambiente cibernético fica mais perigoso

Para o futuro próximo, o mercado projeta que bilhões de coisas estarão conectadas, além dos tradicionais computadores, tablets e celulares

Redação iBahia • 23/06/2017 às 22:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 18:16 - há XX semanas

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No último dia 12 de maio, o mundo entrou em pânico com um ataque hacker de escala global sem precedentes. Em apenas alguns dias, o ransomware (malware que “sequestra” dados e somente os libera após pagamento de resgate) WannaCry infectou cerca de 230 mil sistemas, em 150 países. A ação coordenada levou pânico a órgãos governamentais e empresas, e mostrou ao mundo a vulnerabilidade dos sistemas cibernéticos. E para especialistas, a tendência é piorar.


"A emergência de novas tecnologias, como a internet das coisas, traz novos desafios para questões de segurança informacional", diz Raul Colcher, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e professor da FGV. "Esse é o cenário em que algumas questões devem ser revistas".

Para o futuro próximo, o mercado projeta que bilhões de coisas estarão conectadas, além dos tradicionais computadores, tablets e celulares. E esse crescimento exponencial de dispositivos conectados apresenta dois desafios para a segurança cibernética: com mais objetos conectados, hackers podem formar “exércitos” maiores para seus ataques; e os sistemas podem ficar mais vulneráveis pelo aumento no número de portas de entrada.

Outro ponto central é a sensibilidade dos dados. Não que os dados de um cliente, por exemplo, não sejam importantes, mas a rede vai comportar o tráfego de dados que podem representar risco de vida para as pessoas. Um hacker assumir o controle de um carro remotamente pode provocar uma tragédia.

"Um paciente em internação domiciliar depende dos sensores que monitoram os sinais vitais constantemente", exemplifica Carlos Carnevali Júnior, diretor executivo da Cylk, empresa especializada em Tecnologia da Informação e Segurança. "Se a conexão for cortada, o paciente pode morrer".

Existe ainda o temor de que, com mais sensores conectados, sistemas industriais se tornem mais vulneráveis aos hackers. Em dezembro do ano passado, o grid do sistema elétrico da Ucrânia foi alvo de um ataque cibernético, que deixou milhares de pessoas sem luz na região norte da capital, Kiev.

"São situações que podem provocar danos a pessoas, patrimônio e países", avalia Colcher.

Nuvem pode ser saída
Para os negócios, a migração de dados para a nuvem pode ser uma solução. No evento do WannaCry, por exemplo, ter os sistemas críticos rodando em servidores cloud poderia ter protegido as empresas e organizações.

Os hackers por trás do ataque utilizaram uma falha já conhecida no sistema operacional Windows, que foi reparada pela Microsoft em março, dois meses antes do ataque. Mas a amplitude da ação mostra que muitas companhias não têm o costume de manter os computadores atualizados, o que certamente acontece nas empresas que fornecem armazenamento em nuvem.

"Nos datacenters as preocupações com requerimentos de segurança são altíssimos", aponta Carnevali Júnior. "Qualquer invasão é uma ameaça ao próprio negócio do datacenter".

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