Entre as principais conquistas dos jogadores de futebol, principalmente os boleiros, o fim da obrigação de colocar a camisa por dentro do calção foi a mais festejada. Na regra 4, ela nem existe mais. Porém, existem aqueles boleiros que gostam de um estilo mais retrô. Ou melhor, talvez um na atualidade: Flávio.
Com seu jeito anos 80, com a camisa por dentro do short até nos treinos, o meia prata da casa conquistou a confiança do técnico Vagner Mancini e desbancou Leandro Domingues, agora banco de reserva do bom garoto de 20 anos.
Contra o Botafogo, amanhã, às 11h, em Volta Redonda, Flávio será novamente titular, o seu terceiro jogo seguido entre os 11 preferidos. Mesmo com seu estilo de menino obediente, o atleta já teve seu momento de rebeldia. Flávio não chegou a buzinar na casa do vizinho e sair correndo, mas ignorou as ordens do técnico Mancini este ano. Depois do esporro, entretanto, ele garante que aprendeu a lição.
“No Campeonato Baiano, no jogo contra o Juazeirense, eu entrei no segundo tempo e Vagner Mancini me passou uma posição que eu deveria atuar no campo. Eu acabei desobedecendo... Desde aquele jogo, venho me cobrando muito. Procurei entrar focado nos jogos para obedecer o que ele pediu e ajudar o time da melhor maneira possível”, lembra Flávio.
Revelação 2015
Não é a primeira vez que Flávio consegue se superar. No seu primeiro ano de profissional, em 2015, o meia se destacou no meio de um período turbulento que enfrentava o rubro-negro baiano.
Mesmo com o Vitória eliminado nas quartas de final do Baiano, para o Colo-Colo, Flávio conseguiu ter o prêmio de revelação daquela edição. Foi o único premiado no Leão. Foi justamente este sucesso prematuro que o fez ter um estilo peculiar dos demais atletas. Segundo ele, seu primeiro jogo no Leão foi com a camisa por dentro do calção. Como deu sorte, virou moda pessoal.
Pela Série B de 2015, com Vagner Mancini, Flávio atuou em 33 partidas, 25 delas como titular. Este ano, porém, o desafio é muito maior. Em seis meses, Flávio participou apenas de nove partidas oficiais. Neste mesmo período, em 2015, já tinha jogado 18. Outra mudança é no seu novo estilo de jogo, bem mais ofensivo que a posição anterior de segundo volante.
“Eu iniciei minha carreira como volante. Cheguei aqui no sub-18 como segundo volante. Foi assim que subi para o profissional. Não vejo problema em estar jogando mais avançado agora. Só quero poder estar jogando. Me faz bem, feliz. Sempre que for solicitado, seja como segundo volante ou meia, vou querer ajudar”, explica Flávio, confiante.
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