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CINEMA

Confira a crítica do filme 'A Garota Dinamarquesa'

Filme conta a jornada de Lili como pioneira transgênero

• 03/02/2016 às 10:46 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:15 - há XX semanas

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Cinemáticos Redação Cinemáticos Duração: 120 minDirigido por: Tom Hooper Com: Alicia Vikander, Eddie Redmayne, Amber Heard Gênero: Biografia , Drama Sinopse: O casamento e a obra de Lili e Gerda nos envolvem na importante jornada de Lili como pioneira transgêneroO diretor Tom Hooper ('O Discurso do Rei') mais uma vez estreia nos cinemas um longa "oscarizado" e desperta, com seu trailer precisamente editado e pensado, uma curiosidade daqueles que o consideram exímio realizador e dos que pensam que o mesmo é superestimado. O fato é que Hooper permanece em sua chave, o cinema de época, e traz em sua nova obra, 'A Garota Dinamarquesa', a poesia que foi prometida.Uma das razões é poder ver no filme uma fotografia, que é realizada por Danny Cohen ('O Discurso do Rei', 'Os Miseráveis'), despertando e convidando o olhar. A mesma é repleta de tons, provocando uma sensação de que se vê na tela uma pintura em movimento. A forma com a qual as paisagens são mostradas rima com a delicadeza das paisagens pintadas pelo protagonista, Einar (Eddie Redmayne).
Foto: Arte iBahia
O filme é uma adaptação do livro homônimo de David Ebershoff e é baseado numa histórica verídica que ocorreu em Copenhagen nos anos 1920. A tocante história de Lili presa no corpo do pintor Einar é, por si só, tocante, move, emociona. Essa parte já estava praticamente completa para Hooper e sua equipe somente azeitarem essa trama que possuía um poder enorme. Contudo, a potência da história e a beleza plástica da obra não conseguem dar a proeza de um longa bem construído como poderia facilmente ser.Primeiramente, o filme possui um roteiro irregular que deixa o ritmo comprometido. Isso porque o desenvolvimento das cenas é mal construído e não há um equilíbrio entre os momentos dilatados e curtos. As cenas contemplativas não casam com os dinâmicos, quebrando assim a fluidez da obra. Além disso, os diálogos, por muitas vezes, são forçados e/ou expositivos, parecendo subestimar e tentar demais cativar o espectador.Para além do roteiro fraco, existe o desequilíbrio entre a atuação do protagonista Eddie Redmayne ('Destino de Júpiter') e da atriz que representa sua esposa, Alicia Vikander ('Ex-machina'). O ator, diferentemente do que havia feito antes, não dá show e traz uma interpretação sutil e delicada. Enquanto isso, sua parceira de cena faz o oposto e faz uma pantomima exacerbada explodindo seus gestos para além da tela.Outro exagero se dá na construção da trilha sonora. Durante todo o longa vemos cenas nas quais a mesma faz seu papel. Porém, na grande maioria do tempo, ouve-se uma trilha que repete o que está acontecendo na história, dando o efeito de "drama em cima do drama". A mesma é um sintoma de algo que a obra como um todo busca fazer: emocionar o espectador. Existe um notado esforço intensificado em cativar, e isso termina tendo efeito reverso.Além da beleza visual (fotografia, arte e figurino) o que faz do filme merecedor de ser visto e contemplado é o fato de poder roubar as lágrimas do público. Isso pelo drama de Lili por si só unido à interpretação de Redmayne, fazendo esquecer por completo que ali está um ator. É através dele que pode-se mergulhar no sofrimento da protagonista e desperta um interesse em tentar entender o que ela passa.

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