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Cortar despesas é o caminho para fechar orçamento em 2015

O custo de vida em 2015 pode ficar até 6,76% mais alto, de acordo com as cinco instituições financeiras

• 04/01/2015 às 11:20 • Atualizada em 27/08/2022 às 21:37 - há XX semanas

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Com o cenário de alta de preços previsto para 2015, quem insistir em gastar sem planejamento vai ter dificuldades para fechar as contas no azul. O custo de vida em 2015 pode ficar até 6,76% mais alto, de acordo com as cinco instituições financeiras que mais acertam previsões econômicas no mais recente Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BCB). Neste cenário, montar um orçamento, com prioridades definidas, pode ser chave para um feliz 2015.
Michel Chagas passou a colocar as despesas e receitas no orçamento após período de dificuldades
Se na média, a inflação oficial do Brasil, medida pela Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pode subir até 6,76%, algumas despesas essenciais têm tudo para subir bem acima desta média. É o caso da energia, cujo reajuste para o consumidor pode chegar aos 25% aqui na Bahia, das escolas particulares, que terão reajustes entre 7% e 12,5%, ou da remuneração dos empregados domésticos pagos com base no salário mínimo, que fica 9,41% mais caro a partir de janeiro.
Como exemplo, se for aplicado o reajuste previsto para a energia elétrica em uma residência que paga uma conta mensal de R$ 200, o novo valor será de R$ 250. Ao final de um ano, o gasto com o serviço vai passar de R$ 2,4 mil para R$ 3 mil, o que representará um aumento de R$ 600.
“O grande desafio para 2015 é que boa parte dos reajustes vai acontecer em cima de despesas que são essenciais. As pessoas podem tentar economizar energia, mas dificilmente vão conseguir cortar em uma proporção que lhes permita não sofrer com o reajuste. A solução terá que partir de outro tipo de despesas. As pessoas vão ter que cortar aquilo que é desejo”, explica o planejador financeiro pessoal Erasmo Vieira.
Ele acredita que colocar as despesas no papel, ou numa planilha, de modo a organizar o que precisa ser pago e aquilo que não precisa, mas que as pessoas querem gastar, é um passo fundamental para ter um ano de tranquilidade financeira.
“Nesta época do ano, a gente vê as pessoas dizerem que têm um sonho para realizar em 2015 e esta é a melhor motivação que pode existir para se organizar a vida financeira. Falando claramente, é possível dizer ‘eu queria tanto fazer uma viagem que custa R$ 5 mil’, ou se organizar e dizer ‘vou economizar R$ 500 por mês’ e viajar daqui a dez meses“, exemplifica.
Quando faz palestras sobre finanças pessoais para grandes empresas brasileiras, Vieira brinca com o público. “As pessoas esperam me ouvir dizer a eles que devem cortar despesas. Ninguém gosta de cortar despesas. Digo a elas que precisam aprender a olhar para o fim do processo, quando a sobra permite a realização dos desejos”, explica.
O sonho deve ser a grande motivação para quem decide organizar um orçamento, é o caso do administrador de empresas Michel Chagas, 33 anos. Há três anos, ele percebeu que estava “quebrado” financeiramente. Casado e com filho recém-nascido, percebeu que não conseguia dar conta das despesas do mês com o salário que recebia.
“Eu vivi uma crise, com muitas dívidas, sem nenhuma condição de pagar todas as despesas com aquilo que eu ganhava. Minhas despesas estavam sem controle, até que resolvi usar o conhecimento na área de gestão que eu tenho, consegui me reequilibrar e decidi nunca mais voltar a viver naquela situação”, conta. O processo foi demorado e custou algumas festas, de Natal, Ano-Novo e Carnaval, entre outras.
A assistente administrativa Neli Leitão, 43 anos, diz que anota os gastos na sua agenda quando lembra. “Infelizmente não consigo colocar tudo muito certinho, porque sempre esqueço de anotar algumas coisas. Nestes casos, fica na memória. Por isso, infelizmente, gasto muito”, afirma. Ela acredita que continuaria gastando muito, ainda que anotasse tudo. “Compro algumas coisas pessoais ou algo para presentear quem eu gosto. Algumas vezes gasto até com bobagens”, conta. Ela mora com o filho, 22 anos, com a mãe, três irmãos e quatro sobrinhos.
Correio24horas

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