Daniel, Elba Ramalho, Calcinha Preta, Targino Gondim, As Coleguinhas, Israel Novaes, Saulo, Cristiano Araújo e muito mais. Se o São João do Pelô fosse avaliado apenas pelo Largo Terreiro de Jesus entre os dias 20 e 29 de junho, com certeza a avaliação já seria positiva. Poucas vezes se viu um festival gratuito com atrações tão badaladas na capital baiana, isso sem deixar de lado o clima para todos os gostos no Centro Histórico da capital baiana.
No entanto, o Pelourinho não foi só Terreiro de Jesus, mas também os largos que foram recheados de forró pé-de-serra, que garantiram a diversão de quem não estava no Pelô só pelas atrações badaladas, mas também pela essência do forró, pela cultura e pela tradição dos festejos juninos. Quem ficou em Salvador não se arrependeu. Pelo contrário. Pediu mais. Tão mais que o governador Rui Costa
prometeu que fará um São João maior e melhor em 2016. Missão deveras difícil, mas longe de ser impossível.
O
iBahia esteve presente no São João do Pelô. E se São João ainda estivesse entre nós, provavelmente ele estaria lá também, comendo e bebendo nas barracas típicas instaladas no lugar, que recebeu solteiros, casados, mães, pais, filhos juntos, ou separados. Quando os festejos terminaram no Largo Terreiro de Jesus, continuaram no resto do Pelourinho.
Desde a última sexta-feira (26)
até hoje (29), dia de São Pedro, a programação incluiu trios nordestinos e grupos de forró pé-de-serra, com atrações dos credenciados do Ciclo Junino da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Gente para curtir não faltou. Neto de Procópio, Jorge Gonzaga, Bruninho do Acordeon, Coração Forrozeiro, Forró Laska Coco, Banda Marana, Val Macambira e tantos outros se apresentaram, que já
estão deixando saudade em quem pôde ver.
A praça do Pelourinho, sem dúvidas, foi uma das mais bombadas do São João 2015. Não faltou segurança e organização. Se houve confusão para entrar e sair do local? Bem pouca. Tão pouca que destacou-se muito mais a
homenagem feita por Saulo Fernandes a Luiz Gonzaga, e o último show do cantor Cristiano Araújo em solo baiano que, de forma trágica, acabou
falecendo em um acidente de carro entre uma apresentação e outra da sua apertada agenda junina.
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| Saulo homenageou Luiz Gonzaga |
O São João do Pelô foi, em 2015, também um momento para redenção. Se é que dá para chamar desta forma, já que a banda Calcinha Preta nunca caiu. Contudo, se alguém imaginou algo do tipo, deve ter desistido assim que viu Marlus, Paulinha e Silvânia subirem ao palco para delírio dos fãs. A decoração, inspirada nas bonecas tradicionais da cultura popular brasileira, foi outro ponto pra lá de positivo. Agradou baianos,
agradou turistas. Com o tema "A Namoradeira", foram utilizados 35 mil metros de bandeirolas no Centro Histórico. O trabalho foi idealizado pela artista plástica Telma Calheira, junto com o empresário Baldomero Trindade. Outras 50 pessoas trabalharam diariamente nas peças, além da mão de obra de apoio. A decoração foi confeccionada no município de Ibirataia, no sul da Bahia.
Voltando as apresentações, quem esperou pouco das atrações menos conhecidas, quebrou a cara. Gereba, Del Feliz, Zelito Miranda, Forrozão, Cicinho de Assis e tantos outros nomes conhecidos no meio forrozeiro, mas pouco conhecidos midiaticamente falando, simplesmente arrebentaram e mostraram que são mais do que capazes de preencher a grade diferenciada. Elba Ramalho dispensa comentários. O mesmo se aplica a Dorgival Dantas e Targino Gondim.
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| São João do Pelô foi o São João das famílias em 2015 |
Para finalizar, podemos resumir o sentimento geral com as palavras da comerciante Guacyara Mattos, 39, dona de uma das barracas que ofereciam bebidas alcoólicas e comidas de azeite no Centro Histórico. "Esse São João foi muito bom para todos. A gente percebeu que as pessoas estavam mais leves, procurando se divertir de maneira simples e com um lazer de qualidade", disse ela, antes de comemorar um faturamento 30% superior, que compensou o mês de maio e, provavelmente, compensará o de julho. Viva São João!
