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DHPP finaliza inquérito sobre 12 mortes na Vila Moisés, no Cabula

PMs são acusados de execução pelo Ministério Público

• 30/06/2015 às 19:47 • Atualizada em 28/08/2022 às 11:15 - há XX semanas

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O inquérito do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre as doze mortes durante uma ação da Polícia Militar no Cabula foi finalizado essa semana, confirmou nesta terça-feira (30) a Polícia Civil. Agora, o inquérito está com o delegado-geral Bernardino Brito Filho, que vai analisar o documento. Só depois ele será encaminhado à Justiça e ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) que, com uma investigação paralela, já encaminhou uma denúncia sobre o caso e pediu a prisão preventiva dos PMs. Os policiais envolvidos já foram citados pela Justiça.

(Foto: Evandro Veiga)

Denúncia Segundo o representante do MPE, promotor David Gallo Barouh, no entendimento do órgão, todos os policiais militares envolvidos serão responsabilizados. “Houve um crime e todos serão denunciados”, declarou o promotor, ontem. Sobre a quantidade de policiais acusados, Gallo preferiu não precisar. “Entre cinco e dez policiais (serão denunciados)”, informou. A operação foi realizada por guarnições da Rondas Especiais (Rondesp), após receberem uma denúncia de que um grupo de criminosos se organizava para realizar um ataque a um caixa eletrônico na região. A conclusão do Ministério Público Estadual contraria a versão de que houve um auto de resistência, assim divulgada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). No entanto, a promotoria diz que ainda não pode dizer se os réus serão acusados de cometer homicídio qualificado. “As qualificadoras dependem do entendimento dos seis promotores”, declarou Gallo, que lidera uma comissão que apura o caso, numa investigação independente do inquérito policial e militar também instaurados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Corregedoria da Polícia Militar. “O Ministério Público não depende do inquérito policial ou militar para adotar medidas. A lei nos dá autonomia para apurar e denunciar”, explicou o representante do Ministério Público. Ainda de acordo com Davi Gallo, esta semana os seis promotores que atuam no caso farão um relatório para ser entregue ao procurador-geral na próximo segunda-feira (18) que dará seu parecer, para, finalmente, o documento ser enviado à Justiça. Reações Ao saber do resultado da apuração do MPE, um dos parentes dos 12 mortos comemorou. “Essa é uma boa notícia. Justiça é para ser feita, mas isso já é alguma coisa. É uma esperança. Peço a Deus que os culpados paguem”, declarou a tia de um dos jovens mortos, que teve o nome preservado, por segurança. As mortes foram discutidas ontem durante CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres realizada na Assembleia Legislativa da Bahia. Deputados federais e representantes da sociedade civil debateram ainda violência policial nos casos da morte de Geovane Mascarenhas (sequestrado, torturado e morto por PMs) e do menino Joel, vítima de bala perdida numa ação policial em 2012 no Nordeste de Amaralina.CautelaAtravés de sua assessoria, o governador Rui Costa comentou o resultado da investigação do MPE. Em nota, disse que, por iniciativa dele, o Ministério Público foi convidado a participar da apuração, como acontece em todos os casos envolvendo policiais, mas que ainda não recebeu relatório ou qualquer documento que confirme a acusação de homicídio. Ele lembrou que algumas etapas importantes da investigação ainda serão realizadas. “Continuo com a postura de presunção da inocência das pessoas que estiverem atuando em defesa da sociedade. Nesse caso em particular, só me manifestarei após a conclusão de todas as apurações e quando for entregue à Justiça as versões que forem apuradas”, disse Rui. Na investigação em questão, ainda falta ser realizada a reconstituição. “Defendo uma Polícia cidadã, que aja com a energia e a força necessárias, mas dentro da lei. Não vou tolerar ação ilegal, que não condiz com essa instituição de 190 anos que é a Polícia Militar da Bahia”, continuou o governador.

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