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Em 2012, um homossexual foi assassinado a cada 26 horas no Brasil

Ao todo, foram documentados 338 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no país, incluindo duas transexuais brasileiras mortas na Itália

• 10/01/2013 às 20:10 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:32 - há XX semanas

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No ano passado, houve um assassinato de homossexual a cada 26 horas no Brasil. É o que revela o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT) relativo a 2012, divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Ao todo, foram documentados 338 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no país, incluindo duas transexuais brasileiras mortas na Itália. O número representa um crescimento de 27% em relação ao ano passado, quando houve 266 mortesm e um aumento de 177% nos últimos sete anos. "Dos 338 casos, somente em 89 foram identificados os assassinos, sendo que em 73% não há informação sobre a captura dos criminosos, prova do alto índice de impunidade nesses crimes de ódio e gravíssima homofobia institucional/policial que não investiga em profundidade tais homicídios", afirma o Prof. Luiz Mott, coordenador desta pesquisa e antropólogo da Universidade Federal da Bahia. De acordo com o relatório, o Brasil lidera o ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de mortes de todo o mundo.
Com 45 vítimas, São Paulo é o estado com o maior número de LGBT assassinados, em termos absolutos. Já em termos relativos, Alagoas é o estado mais perigoso para homossexuais, com 18 homicídios e um indice de 5,6 assassinatos por cada milhão de habitantes. O índice nacional é de 1,7 vítimas LGBT por milhão de brasileiros. O segundo lugar é ocupado pela Paraíba, com 19 assassinatos e 4,9 crimes por milhão, seguido do Piauí com 15 mortes, 4,7 por milhão de habitantes, segundo o relatório. Os estados onde foram registrados menos homicídios de LGBT foram o Acre (não houve, aparentemente, nenhuma morte nos últimos dois anos), Minas Gerais (houve 13 ocorrências, que representam 0,6 mortes para cada milhão de habitantes), Rio Grande do Sul e Maranhão com 0,7, Rio de Janeiro com 0,8 e São Paulo, 1,07 mortes por cada milhão de habitantes. Quanto às regiões, o Nordeste concentra 45% das mortes, seguido de de 33% no Sudeste e Sul , 22% no Norte e Centro Oeste. No relatório, não foi observada correlação evidente entre desenvolvimento econômico regional, escolaridade, religião, raça, partido político do governador e maior índice de homofobia letal.

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