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Entrevista: Como garantir uma aposentadoria tranquila no futuro?

Especialista dá dicas para organizar as finanças e complementar a renda da aposentadoria lá na frente

Redação iBahia • 22/01/2017 às 15:30 • Atualizada em 28/08/2022 às 1:12 - há XX semanas

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Mesmo em um ambiente econômico de recessão e ainda que o orçamento esteja no limite, mais do que nunca vai ser preciso correr atrás de um plano B, na tentativa de conseguir uma aposentadora tranquila. A recomendação é do assessor da Diretoria Executiva da Escola Nacional de Seguros e coordenador do portal Tudo Sobre Seguros, Lauro Viera de Faria, que conversou com o CORREIO sobre o que é necessário fazer o quanto antes para garantir a sombra e água fresca no futuro. Confira:

Para o especialista, mesmo que ainda a reforma não tenha sido aprovada é preciso buscar alternativas complementares a Previdência SocialFoto: Divulgação




1) Quais os principais impactos que a Reforma da Previdência pode trazer para o trabalhador?

Ainda é cedo para saber o que será aprovado pelo Congresso Nacional na reforma da previdência. Porém, sob o peso de fatores como o aumento da expectativa de vida ao nascer (de 53 anos em 1970 para 75 anos em 2015), a grande informalidade das relações de trabalho, o déficit fiscal e a forte recessão econômica dos últimos anos, o reequilíbrio do sistema previdenciário oficial envolverá inevitavelmente obrigação de trabalhar – e contribuir – por mais tempo ou redução de benefícios de aposentadorias e pensões ou uma combinação de ambas as coisas. Como está, o sistema previdenciário público se tornou pouco viável, pois implica em despesas crescentes sem contrapartida de receitas em igual expansão.

2) Diante disso, o que ele precisa fazer desde cedo para envelhecer tranquilo?

O ideal é o indivíduo contribuir desde jovem tanto para a previdência oficial, na qual pode ter a expectativa de garantir um valor razoável de aposentadoria, quanto para a previdência complementar fechada (no caso dos empregados de empresas que tenham fundos de pensão) ou aberta (nos demais casos) em que o contribuinte pode se programar para complementar aquele valor e assim, na inatividade, obter uma renda próxima a dos últimos anos em que trabalhou. A previdência complementar tem a vantagem de contar com benefício fiscal (imposto de renda menor) quanto mais tempo o participante permanecer contribuindo.

3) Como se organizar financeiramente neste sentido?

Essa é a grande dificuldade para a maioria das pessoas: estar preparado para manter as contribuições a previdência tanto estatal quando privada em longo prazo. Nesse último caso, a questão do prazo é mais importante ainda, pois só no longo prazo maturam os ganhos decorrentes dos benefícios fiscais. Ou seja, é preciso ter capacidade e disciplina de poupança o que, em muitos casos, implica grande mudança de hábitos. O participante na previdência privada deve também entender o seu “perfil de risco”, que determina o tipo de aplicação financeira (títulos de dívida pública e privada, ações, imóveis etc) a ser feita pelo fundo previdenciário que escolher.

4) Como a previdência complementar pode ajudar nisso? Existem também outras formas de assegurar um reforço à aposentadoria comum?

O trabalhador pode e deve, até como estratégia de diversificação “não colocar todos os ovos numa mesma cesta”, ter poupanças de longo prazo aplicadas diretamente nos mercados financeiro e de capitais e em imóveis. E há ainda a possibilidade de proteger a si e a família de riscos inesperados por meio da compra de seguros como os de vida e de invalidez. Enfim, a simples precaução indica ser melhor ter um menu de opções de investimento para sacar no período de inatividade laboral ou contra riscos que possam afetar a si e a família.

5) De olho no futuro, a partir de quantos anos de contribuição já se torna importante buscar este investimento que possa complementar a aposentadoria?

O ideal é começar assim que se ingressa no mercado de trabalho, ou seja, para um jovem com formação universitária, em torno dos 25 anos. Veja-se, por exemplo, o seguinte: conforme simulação disponibilizada por uma grande seguradora na Internet, um indivíduo dessa idade que aplica em VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) R$ 200 por mês durante 40 anos pode ter a expectativa de acumular R$ 657 mil aos 65 anos, valor este que pode ser convertido numa renda de aposentadoria de R$ 3,4 mil mensais durante 20 anos ou numa renda vitalícia de R$ 2,8 mil. Um bom negócio, mas que exige paciência.

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