O carnaval começa oficialmente na próxima quarta-feira (22), mas milhares de foliões resolveram antecipar a festa. Fantasiados ou não, homens, mulheres e até crianças lotaram a Barra nesse domingo (19) para aproveitar o Furdunço - festa com 32 atrações que se apresentam em trios sem corda durante a tarde e à noite. A prefeitura espera 1 milhão de pessoas apenas hoje.
Desde às 14h a Avenida Centenário parecia uma segunda-feira em horário de pico: um mar de carros formava um congestionamento quilométrico que avançava pelo bairro dos Barris e chegava ao Dique do Tororó e à Avenida Vasco da Gama. O trânsito era costurado pelas arriscadas manobras dos motociclistas que passavam correndo por entre os carros à caminho da festa.
Os ônibus seguiam lotados enquanto nas calçadas e no canteiro central da Centenário os foliões formavam uma espécie de romaria em um único sentido: o do carnaval antecipado. Na Avenida Oceânica, onde a folia acontece, a visão era a de um encontro de dois mares: um de água e outro de gente.
Foliões de todas as idades aproveitaram o dia de sol para correr atrás dos trios e, sem cordas, ficou mais fácil. A estudante Laiane Paula, 19 anos, estava nesse meio. Ela foi para a festa com três amigas, todas vestidas de princesas da Disney. "Essa é minha primeira vez no carnaval e eu aproveitei a oportunidade para me fantasiar", disse.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), até às 18h não houve registro de crimes graves no Furdunço, apenas um furto e uma perda de documentos foram contabilizados. No últimos três dias de festa na Barra, foram registrados 14 furtos, três roubos e quatro perdas de documentos.
O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, espera que 1 milhão de pessoas passem pelo Furdunço nesse domingo. "Hoje temos uma mistura de várias atrações, sem cordas, com o sentido de aproximar mais o público desses artistas", afirmou.
Até às 19h os trios estavam saindo sem atrasos. As fantasias foram das mais diversas. Na rua o povo andava sem organização, passava por entre os trios enquanto saltava confetes, bolas de sabão e serpentinas. As marchinhas lembravam os carnavais dos anos 1980 e a festa seguia na mais perfeita bagunça ou como diriam os baianos: um furdunço.
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