Cara fechada, sem espaço para gracinhas ou sorrisos. Marinho, apontado pelo próprio elenco como um dos caras mais bem-humorados do grupo, estava bem diferente ontem. Sem comemoração nenhuma ao fazer o gol de empate do Vitória e mais introspectivo ainda ao deixar o gramado, ele não fez nenhuma questão de esconder sua irritação.
Questionado sobre o motivo pelo qual não celebrou o gol, o atacante preferiu não explicar. “Tenho meus motivos. Comemoração a gente não fala, é coisa particular. A gente pecou mais uma vez. A gente conversa, diz que o ponto forte da bola parada é o Thiego e deixa ele ir lá e fazer o gol sozinho. Com isso, a gente joga por água abaixo o que era para ter feito, que era conquistar a vitória”, bradou.
Em seguida, Marinho tentou amenizar a situação. “Futebol nos dá a oportunidade de fazer o melhor no próximo jogo. Temos que voltar a vencer”, emendou o artilheiro do time na temporada, com 11 gols marcados.
Também chateado com o resultado, o volante Flávio engrossou o coro de Marinho e registrou sua crítica a uma falha recorrente no elenco rubro-negro. “Não tenho o que falar. Foi 11h da manhã, ruim para a gente, mas para eles também. Não tem que arrumar desculpa. É trabalhar. Seguidamente, a gente tem tomado gol de bola parada. Foi assim contra o São Paulo, foi assim contra o Flamengo. Bola parada decide jogo e a gente está sofrendo com isso. A gente tem que ter mais atenção. Tem que ter ciência”, disse.
Com o resultado, o Vitória segue com nove pontos somados. Em nove jogos disputados na Série A, o time comandado por Vagner Mancini sofreu quatro derrotas, três empates e venceu apenas dois jogos. A equipe tem apenas 33,3 % de aproveitamento.
Marinho conduz bola sob marcação de Bruno Rangel e Rafael Bastos, ambos da Chapecoense: atacante ficou na bronca com seus companheiros (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) |
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