Menu Lateral Buscar no iBahia Menu Lateral
iBahia > esportes
Whatsapp Whatsapp
ESPORTES

Jogos Olímpicos vão reunir 38 refugiados entre os voluntários

Para os estrangeiros, experiência pode abrir oportunidades profissionais

Redação iBahia • 22/06/2016 às 7:54 • Atualizada em 27/08/2022 às 3:24 - há XX semanas

Google News siga o iBahia no Google News!
A rotina no Rio mais parece uma corrida de obstáculos para Aklah Kokou, togolês de 58 anos, e Sekou Dabo, de 26, da Guiné. Como refugiados, eles vivem os percalços de vencerem, sozinhos, a barreira do idioma, a falta de emprego e a adaptação a uma nova vida. Mas, no dia 5 de agosto, eles deverão estar no Maracanã para ajudar milhares de forasteiros como eles a se comunicar: os dois serão tradutores voluntários nos Jogos Olímpicos. Ao todo, 38 refugiados estão entre os 50 mil voluntários da Olimpíada do Rio, por conta de uma parceria entre a Cáritas-RJ, instituição que ajuda e acolhe esses estrangeiros na cidade, e o Comitê Rio 2016. Gerente-geral de Voluntários do Comitê, Flávia Fontes admite que permitir a participação deles nos quadros era uma forma de ter tradutores de línguas “bem específicas”, como o árabe e dialetos africanos. — Mas, quando conversamos, achamos a inciativa bacana, não só pela nossa necessidade, mas por poder incluí-los no nosso país. Sekou, que atualmente trabalha como cabeleireiro e mora em Duque de Caxias, fala português, inglês e francês. Estudante de relações internacionais na Guiné, deixou seu país por perseguição religiosa. Durante os Jogos, espera fazer “conexões” profissionais. Quem sabe, até realizar o sonho de cursar outra faculdade, de engenharia: — As pessoas podem precisar do que tenho a oferecer. Já Aklah, que era cineasta no Togo, está sem emprego e pretende fazer uma sequência de um dos filmes que rodou no país de origem. Seus longas tinham críticas políticas e sociais. Aklah foi censurado e teve que deixar o país, há dois anos. Seu sonho é conseguir emprego após o evento e voltar a filmar: — Quando cheguei, minha ideia de Rio era Copacabana. Não sabia que as pessoas podiam viver em casas assim — disse ele, apontando para uma favela e aplicando, na nova terra, a crítica social que lhe custou a liberdade.

Leia mais:

Venha para a comunidade IBahia
Venha para a comunidade IBahia

TAGS:

RELACIONADAS:

MAIS EM ESPORTES :

Ver mais em Esportes