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Jovem forçado a se masturbar diante de policial vai à Justiça

Ele era investigado por mandar foto nu para namorada de 15 anos

Redação iBahia • 11/12/2017 às 16:00 • Atualizada em 28/08/2022 às 5:51 - há XX semanas

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Um policial dos EUA foi acusado de forçar um então adolescente de 17 anos a se masturbar - a intenção do investigador David Abott era fazer com que Trey Sims ficasse com o pênis ereto para uma fotografia. O caso foi em 2014, em Manassas, no estado da Virgínia.

Sims estava sendo investigado por "sexting" - enviar mensagens com apelo sexual - com uma adolescente de 15 anos, que segundo ele era sua namorada. Foi a mãe da garota quem flagrou as mensagens e acionou a polícia. O investigador Abott queria comparar a imagem enviada por Sims à jovem com a foto tirada do pênis do adolescente.

Foto: Reprodução
O rapaz não conseguiu ter uma ereção. Mesmo assim, o policial Abott e colegas que estavam com ele fizeram fotos.O adolescente foi denunciado na ocasião por posse e distribuição de pornografia infantil. Sua namorada, que também havia mandado fotos despida, não foi processada. Sims chegou a ficar detido em um centro juvenil, mas acabou condenado a 100 horas de serviço comunitário. Durante o período em que cumpria a pena, ele ficou proibido de usar redes sociais de mandar SMS.
No ano passado, aos 20 anos, Sims foi à Justiça denunciar o caso. A juíza Barbara Milano Keenan deu parecer favorável ao rapaz. "Não conseguimos perceber qualquer circunstância que justifique um policial obrigar um indivíduo a se mastrubar na presença de outros", escreveu. A defesa alega, contudo, que os policiais agiram com embasamento jurídico, já que um juiz aprovou a operação.
Dias depois do primeiro episódio, o policial, inclusive, obteve um segundo mandado que o autorizava levar o adolescente a um hospital para que tomasse uma injeção que facilitasse sua eração. A foto do pênis ereto de Sims seria usada como evidência no processo.

Antes de seguir com a ordem, contudo, o próprio departamento policial de Manassas divulgou um comunicado explicando que suas políticas não permitem "procedimentos de buscas invasivas em suspeitos em casos dessa natureza".

Foto: Divulgação
Um ano depois do caso, o policial Abott se matou ao saber que seria indiciado por abuso sexual, em uma outra situação, sem ligação ao caso em questão. O investigador foi acusado de molestar de dois garotos.
Com a morte dele, Sims resolveu processar Kenneth Labowitz, administrador dos bens do policial, e Claiborne Richardson II, o promotor assistente que instruiu o policial a conseguir um mandado. Inicialmente, a Justiça rejeitou o caso, mas Sims recorreu e uma corte superior reverteu a decisão. "Um policial razoável saberia que tentar obter uma foto do pênis ereto de um menor, ordenando que ele se masturbasse na presença de outros, iria ilegalmente violar o direito do menor à privacidade, de acordo com a Quarta Emenda", diz um documento da corte de apelos.

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