A Justiça de São Paulo determinou, na noite desta terça-feira (28), a suspensão das atividades do aplicativo de motoristas profissionais Uber, espécie de táxi de luxo pedido exclusivamente pelo celular que é oferecido no país em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O processo foi movido pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores nas Empresas de Táxi no Estado de São Paulo (Simtetaxi) e, caso a determinação seja descumprida, a pena é de multa diária de R$ 100 mil.
Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo, a Uber, no entanto, disse que ainda não foi notificada da decisão, e alegou ainda que apenas oferece aos paulistas "uma alternativa segura e confiável de mobilidade urbana". Entretanto, a determinação, de autoria do juiz Roberto Luiz Corcioli Filho, da 12ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ainda solicita que a Google, Apple, Microsoft e Samsung deixem de oferecer o app da empresa aos usuários.
A empresa, que é considerada "a start-up de maior valor do mundo" pela imprensa especializada, já enfrentou processos do gênero em outros países e chegou a ser banida na Alemanha e Espanha. Segundo Ivana Có Galdino Crivelli, a advogada do caso, só a Uber está sujeito à multa a princípio. A autuação será limitada ao teto de R$ 5 milhões e a liminar solicita que as empresas apaguem remotamente dos aparelhos de dono brasileiro o aplicativo.
A ferramenta gerou muita insatisfação por parte dos taxistas, que chegaram a fazer manifestações contra ele em algumas cidades do país.
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