Mãe de ex-nadadora atropelada desabafa: "Ela não morreu em vão"

A mãe da ex-nadadora Sarah Corrêa, 22 anos, que morreu depois de ser atropelada por um carro desgovernado no Rio de Janeiro, disse que a morte da filha não vai passar em branco. "Ela não morreu em vão. Eu vou buscar (justiça), porque assim como eu, tem muita gente que passa por isso e fica impune. Outros pais estão sofrendo por esse massacre não só no Rio, mas em outros lugares", disse Fátima Gonçalves ao G1. Fátima usou uma rede social para desabafar e lembrar da filha. "Quando Deus te desenhou ele estava namorando e feliz. Deixou você ficar aqui mais só para mostrar para às pessoas sua bondade, seu carisma, sua alma, seu sorriso de menina num corpo de mulher. Amou cada pessoa que passou por sua vida, e mesmo aquelas que queriam te fazer mal, você encontrava nelas algo de bom, e tentava me explicar o porque dela ser assim, seu coração nunca teve mágoas nem ressentimento, nele só cabia Amor. Gratidão e senso de justiça. Obrigada minha filha por ter me ensinado a perdoar, você era especial eu já sabia disso desde que coloquei os olhos em você na maternidade", escreveu a mãe. Segundo a mãe, o motorista que atropelou e matou Sarah e outro homem mora perto do local do acidente e é conhecido das pessoas da região. "Testemunhas contaram que o suspeito já teria outros três atropelamentos nas costas e que sempre é resgatado do local pela mulher dele. A polícia disse que depois do acidente ele foi procurar um hospital, mas teve gente que viu ele numa churrascaria", disse a mãe, indignada. Sarah morava a cerca de 500 metros do ponto de ônibus onde estava quando foi atropelada. A câmera de segurança de uma casa na Estrada dos Bandeirantes flagrou o acidente, que deixou Sarah e Paulo Soares, de 58 anos, sem vida. O motorista estava em alta velocidade, segundo testemunhas. Ele não prestou socorro às vítimas. Segundo a Polícia Civil, ele se apresentou espontaneamente na delegacia e disse que não deu socorro porque foi em busca de atendimento em um hospital antes de ir até a unidade policial. Depois de ser ouvido, ele foi liberado. A identidade do atropelador não foi divulgada.