O que acontece quando o próprio presidente de um clube se revolta com o cenário atual de sua agremiação? Polêmica, lógico. Além da torcida tricolor, o cartola do Bahia, Marcelo Sant’Ana também parece revoltado com seu elenco, sétimo colocado na Série B do Brasileiro. Segundo o gestor, é uma vergonha ver o Esquadrão fora do G4. O Bahia perdeu os últimos três jogos, para Criciúma, Londrina e Tupi-MG.“O Bahia tem que aprender a ter vergonha na cara. Quem está hoje no Bahia, começando por mim que sou presidente e os jogadores, tem que ter vergonha na cara. A campanha do Bahia é lamentável, pelo elenco que temos e pela qualidade que a gente julga ter, pois essa qualidade não vem aparecendo dentro de campo. Estamos em débito absoluto com a torcida do Bahia. Eu tenho vergonha de sair de casa pela campanha que temos feito. Temos que se cobrar mais”, disse o presidente, à Rádio Metrópole.
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| Presidente do Bahia, Marcelo Sant'Ana, exige mais empenho dos seus atletas (foto: Mauro Akin Nassor) |
A declaração ocorreu ainda em solo mineiro, após a derrota para o Tupi, por 2x1. No calor da batalha perdida. Marcelo Sant’Ana tem evitado polemizar os últimos vexames do Bahia e pouco participa das redes sociais. Sua última postagem foi no dia 14 de maio, por meio do Twitter, na primeira rodada da Segundona. “Nunca fui de entrar em Facebook, Instagram... Durante o processo de eleição eu achava importante para me aproximar das pessoas, para que elas me conhecessem um pouco mais. Eu tenho optado por focar mais no meu trabalho institucional que é o que as pessoas querem ver e, pontualmente, participo de redes, dou entrevistas pois o próprio cargo exige. Tenho buscado me preservar um pouco mais como pessoa. Pois tem gente que não quer debater. Tem gente que quer atacar, agredir”, explicou Sant’Ana, ao repórter Bruno Queiroz, sobre sua participação nas redes sociais. A irritação de Marcelo Sant’Ana está entrelaçada com o investimento este ano. Com um elenco generoso em atletas que interessam a muitos clubes da Série A, o sétimo lugar na Série B é inadmissível para o gestor. “O importante é que o Bahia suba. A meta prioritária é o G4. A gente quer o acesso. Nossa folha hoje está próxima a 2 milhões. Ano passado tínhamos uma folha em alguns momentos 1,5 e em alguns momentos 1,4”, completa. Sem vencer há três jogos, o Bahia terá mais um jogo fora de casa, diante do Brasil de Pelotas, nesta sexta (24), às 21h30. O tricolor está a três pontos do quarto colocado, Ceará.
