Um início surpreendente. Era setembro de 2013 quando o então técnico rubro-negro Ney Franco lançou o volante Marcelo, 19 anos, e reserva no time sub-20. Na primeira partida como titular, mais parecia um veterano de tão seguro no triunfo por 1x0 sobre o Botafogo, no mesmo Barradão onde, no sábado, o garoto jogará o Ba-Vi pela Série B. Dali em diante, Marcelo tomou conta da camisa 5 no Brasileirão Série A e despertou um inusitado elogio de Ney Franco, que chegou a apostar nele como um jogador de Seleção futuramente. Após pouco mais de dois anos e apenas 27 jogos como profissional, a situação é bem diferente. Sem sequência devido a inúmeras lesões, o volante agora tenta conseguir algo que ele alcançou rapidamente em 2013: a titularidade no Vitória.
“Surgi rápido, quase no final de 2013. Ano passado, não tive muita oportunidade, machuquei bastante. Mas este ano, estou me sentindo melhor. O Marcelo de 2015 está bem longe de lesão. Trabalhando bastante na academia, reforçando a musculatura, para que não tenha nenhum tipo de lesão”, argumenta o garoto, que não está tão longe assim das contusões, já que teve contratura muscular durante
o primeiro semestre.
PREFERÊNCIACom apenas nove jogos na temporada, sendo cinco na Série B, Marcelo treinou como titular, ontem, na primeira atividade tática de Vagner Mancini de olho no Ba-Vi. Enquanto isso, Amaral, que será julgado, hoje, no STJD pela expulsão diante do ABC e pode pegar até três jogos de suspensão, esteve entre os reservas. Já Luiz Gustavo ainda se recupera da lesão de grau 3 na coxa e deve ficar fora por mais três semanas.
“Eu estava assimilando, às vezes Amaral suspenso, eu ia entrando. Agora o professor optou por mim pra esse Ba-Vi. Vou trabalhar forte e quem sabe sair vitorioso”, comentou Marcelo, otimista, para depois dizer que ainda espera a confirmação de Mancini. “Não sei o que vai acontecer amanhã (hoje). Se optar por mim, vou dar meu máximo para vencer”, garantiu.
Opção que se vier será como primeiro volante, posicionamento preferido de Marcelo, que chegou a atuar como segundo homem com Claudinei Oliveira e Wesley Carvalho, interino que fez o trabalho de transição para a chegada de Vagner Mancini. “Prefiro jogar de primeiro, me sinto mais seguro e tenho mais a visão do jogo”, indica.
Além da parte tática, que ele terá a semana toda para se inteirar, Marcelo espera uma torcida inflamada para o Vitória ser superior no Ba-Vi e, assim, ter chances de retornar para o G-4. Com 16 pontos, o Leão está em sexto lugar, dois pontos atrás de Bahia e Náutico, terceiro e quarto respectivamente. “A gente sabe como é Ba-Vi, muita rivalidade. Espero que o torcedor compareça nesse sábado, independente do que aconteça, espero que ele apoie muito a gente no sábado”, pede o garoto.
ROBERTFora Marcelo, Mancini manteve Rhayner no time titular em virtude da ausência do atacante Rogério, que se atrasou no retorno de Pesqueira-PE, onde passou a folga do domingo. Como previsto, o meia Pedro Ken, suspenso na derrota por 1x0 para o Paysandu, esteve presente no meio-campo. Setor que ainda contou com as presenças de Flávio e Escudero, como de costume, aberto pela esquerda. Elton seguiu como referência no ataque.
No time reserva, a principal novidade foi a participação de Robert, recuperado de uma leve entorse no tornozelo. Contratado no início da semana passada, o atacante, artilheiro do país na temporada com 21 gols, é aguardado na relação de jogadores convocados para o clássico Ba-Vi. Para isso, precisa ser regularizado até sexta.
Quem também reapareceu na atividade com o grupo foi Vander, que estava afastado para tratamento de lesão muscular. Já Jorge Wagner, ainda sem jogar com Mancini, está melhor do trauma no pé e só
correu ao redor do campo. O Vitória volta a treinar, hoje, no Barradão, e, à tarde, faz um treinamento fechado à imprensa em Pituaçu, onde vai trabalhar também amanhã (quarta-feira, 01) e sexta.
Disposto a esconder informações do técnico tricolor Sérgio Soares, Mancini fará outro treino secreto quinta, no Barradão.
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