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Maus hábitos oneram a conta de água em até 40%; veja como reduzir

Do total do volume consumido pelas residências baianas, um terço é desperdiçado

• 01/02/2015 às 15:22 • Atualizada em 29/08/2022 às 1:41 - há XX semanas

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Depois de um dia de trabalho cansativo, nada melhor do que um banho relaxante e demorado com água escorrendo pelo corpo. E na hora de lavar o carro? Nada melhor do que aquela mangueira bem potente para tirar toda sujeira e ainda aplacar o calor. Se você tem esses hábitos saiba que poderia economizar e muito na conta de água se fizesse essas tarefas de outro jeito.
Do total do volume consumido pelas residências baianas, um terço é desperdiçado. “Cerca de 30% do que é pago nas contas residenciais é de água que foi desperdiçada por maus hábitos de consumo”, explica a assessora da superintendência comercial da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Mariana Sahade. Esse consumo desperdiçado, segundo a Embasa, pode significar um aumento de até 40% no valor pago. Mas não é só a conta que deve colocar o consumidor em alerta. Cidades de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro já estão enfrentando problemas no abastecimento de água. Segundo a Embasa, a Região Metropolitana de Salvador não tem problema de produção e oferta de água já que tem disponibilidade de utilização de 54 mil litros por segundo. O Boletim de Acompanhamento dos Reservatórios do Nordeste divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) indica que os reservatórios baianos estão cheios. Sete deles –Bandeira de Melo, Poço do Magro, Pindobaçu, Ipitanga I, Morrinhos, Cobre e Aipim – estão com 100% de abastecimento. Mas, grande oferta não deve ser sinônimo de consumo excessivo. “Há muito desperdício de água, principalmente, para quem mora em condomínios. Como as pessoas acabam dividindo a conta com os outros moradores, elas tendem a ter um consumo maior”, explica Mariana. Ela aponta três ambientes da casa como os vilões do consumo: chuveiro, pia de louças e banheiro.
Consumo O estudante de Direito Mateus Santos Aguiar, de 22 anos, é um consumidor excessivo de água. “Quando estou lavando louça, deixo a pia aberta, porque é mais fácil de lavar. Não acho que dois segundos vão fazer a diferença, em termos de praticidade. Minha namorada sempre reclama que eu também não fecho o chuveiro. Acontece que lá em casa o chuveiro é a gás, temos que esperar um pouco pra esquentar. Como não quero tomar um banho de água fria, não tem jeito mesmo”, diz. Cada pessoa, segundo ele, contribui de alguma forma para um mundo pior. “Eu sei e penso que é desperdício, mas no momento a praticidade fala mais alto. Acho que todo mundo contribui de alguma forma para que o mundo seja pior: alguns comem carne, em vez de serem vegetarianos, outros usam carros e poderiam usar bicicleta. Acredito que a gente deve tentar mudar as nossas atitudes para um mundo melhor, mas que não deve afetar nossa rotina e nem nossos hábitos. Cada um faz o que pode para se sentir bem”, diz. Já o estudante de Psicologia Lucas Andrade Oliveira, 23, conta que já foi muito radical. “Tinha um tempo que eu mudei a minha alimentação e virei vegetariano. Isso, inclusive, afetou no meu consumo de água. Era muito preocupado em conscientizar outras pessoas, sempre pensando no impacto ambiental das minhas ações. Além disso, evitava o consumismo exagerado. Sei que há uma série de ações que têm impacto no consumo de água: tudo é interligado”. Hoje em dia, no entanto, o estudante é mais flexível, e acredita que algumas atitudes garantem a sustentabilidade do sistema. “Sentia que fazia esse movimento todo, mas depois vi que estava um pouco radical demais. Manter aquele padrão estava requisitando muito de mim. Deveria ser algo mais natural, sustentável, por isto resolvi flexibilizar um pouco. Estava na busca de uma perfeição e agora estou tentando fazer minha parte, sem tanto vigor. Hoje tenho algumas preferências, como consumir produtos orgânicos, evito carne e busco consumir menos”, afirma.
Coletivo O administrador de condomínios Aurélio Ribeiro destaca que muitos moradores do residencial onde ele atua (com mais de mil famílias) tendem a colocar em segundo plano a economia de água. “Quando é para fazer algo para reduzir o consumo de energia dentro de casa todo mundo colabora, porque o pagamento é individual. Mas na hora de falar de água - como todo mundo paga - fica mais difícil conscientizar para economizar”, explica. A assessora da superintendência comercial da Embasa ressalta que a individualização é uma importante medida para estimular o consumo consciente. “Com a medição individual nos condomínios, os moradores tendem a consumir menos já que terão que pagar individualmente pelo seu consumo. Em média, a individualização custa R$ 1,5 mil para cada condômino e só pode ser feita se todos os moradores aceitarem”, destaca Mariana. Síndica de um prédio em Brotas, Ana Rita Santos, percebeu a mudança da individualização no valor pago por todos os moradores. “Quando a conta era geral vinha mais ou menos R$ 3 mil. Hoje, se você juntar as contas de todo mundo, não passa de R$ 2 mil. O povo agora tem mais consciência porque sente a conta individual chegar em casa”. Outras medidas importantes, que reduzem o consumo, é a instalação de alguns equipamentos nas torneiras e chuveiro. “Os chamados arejadores e reguladores de vasão (vendidos em casas de material de construção) podem ser instalados nos equipamentos de maior consumo. Eles reduzem o volume gerado de água, mas como é misturado com ar, a sensação é que a água fica até mais forte”, explica Mariana. Para facilitar o monitoramento do consumo, uma dica é anotar diariamente - sempre no mesmo horário - o número que aparece no hidrômetro e ver o consumo.
Correio24horas

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