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"Na segurança eu não cheguei lá, óbvio", lamenta Jaques Wagner

Atual governador faz balanço da gestão de oito anos e garante: "medalha de ouro em estradas e moradias"

• 20/12/2014 às 11:46 • Atualizada em 28/08/2022 às 6:01 - há XX semanas

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Jaques Wagner (PT) vai deixar o governo do Estado da Bahia no próximo dia 1º de janeiro. De 2006 para cá, oito anos à frente da governadoria e muita história para contar. Duas greves da Polícia Militar, problemas com os professores da rede estadual de ensino, metrô, dentre outras coisas. No entanto. o ainda governador, que deve virar ministro de Dilma Rousseff, também teve coisas boas a falar sobre a sua gestão e, em entrevista ao jornal CORREIO, citou a recuperação e criação de estradas e moradias como principal legado do seu mandato.
"Posso dizer que somos medalha de ouro em estradas, 8 mil quilômetros; de casas populares, 260 mil; de hospitais, cinco construídos. Fomos campeões em Samu, em postos de saúde da família, em atração de universidades federais e de investimentos em universidades estaduais, por que multiplicamos por duas vezes e meia o orçamento para as quatros que temos. Saímos de quatro para 30 escolas técnicas federais. Tem mais: levamos água para quatro milhões e meio de pessoas, saneamento para um milhão e meio, saímos da marca de maior estoque de analfabetos para o que gerou o maior número de alfabetizados em oito anos, um total de um milhão e trezentos mil", disse.Com sensatez, Wagner também pontuou a dificuldade que teve em gerir a questão da segurança no Estado e admitiu que não chegou ao objetivo traçado, mas viu com bons olhos a possibilidade de Rui Costa arrumar a casa."Na segurança eu não cheguei lá, óbvio, mas garanto que deixei o terreno preparado para o próximo governador tirar medalha de ouro. Antes, as polícias Civil e Militar não conversavam, que por sua vez também não dialogavam com a Polícia Técnica. Hoje, estão totalmente integradas. Existe agora cumplicidade entre o Executivo, na área de segurança, o Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria, a Assembleia Legislativa. É preciso lembrar que a segurança tem que funcionar como uma linha de produção. Começa com o trabalho da Polícia Militar na rua, que passa para a Civil e a Polícia Técnica para fazer a investigação, oferece inquérito para o Ministério Público, que por sua vez oferece a denúncia para a Justiça, que vai julgar e condenar quem tiver culpa, e na ponta há o sistema prisional. Se essa linha não tiver funcionando de modo articulado, não se chega a lugar nenhum", explicou.Ainda de acordo com o petista, sua marca foi uma gestão "mais aberta ao diálogo". "Do ponto de vista estrutural da política, foi ter exercido o poder político de uma forma totalmente nova, mais aberta ao diálogo com empresários, com trabalhadores, com movimentos, com os adversários, com a oposição, com a área de cultura, com as religiões. Em síntese, ter mudado o exercício da política no estado. O poder no grupo político anterior era exercido de forma concentrada, às vezes até sobre outros poderes, como o Judiciário e a Assembleia. A gente oxigenou essas relações, inclusive com vocês da imprensa. Todo mundo se sente mais livre hoje para fazer política no nosso estado. O que não dá para se medir em tijolo, mas é fundamental", pontuou.

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