Após ser inocentado da acusação de crime premeditado, o esportista Oscar Pistorius foi declarado culpado pela morte da sua então namorada, a modelo Reeva Steenkamp, em fevereiro de 2013. O Tribunal aceitou a versão de Pistorius, que declarou ter atirado em pânico por achar que se tratava de um ladrão que tinha entrado na sua casa, mas recusou a parte em que disse ter disparado sem querer.
Pistorius é julgado inocente em acusação de crime premeditadoPistorius acessou sites pornográficos pouco antes do crime e estava sem próteses quando atirouPistorius vomita ao ouvir como ficou o estado do crânio de namorada assassinada
A juíza bateu o martelo e considerou provado que o corredor paralímpico disparou de forma intencional por trás da porta do banheiro, mas sem a intenção de matar quem estava atrás. Portanto, segundo o veredicto, Pistorius agiu de forma "negligente" e "culposa", condições que, segundo a jurisprudência sul-africana, caracterizam o delito de homicídio.
A juíza, Thokozile Masipa, reforçou a tese de que não cabe condenar Pistorius por assassinato, já que não ficou provado que a sua intenção era de matar Steenkamp e a sua conduta após comprovar que era a sua namorada que estava atrás da porta foi solicitar urgentemente ajuda e chamando a polícia entre lágrimas, fator que seria considerado "contraditório" com a de alguém que quis cometer um assassinato.
Pistorius, que foi condenado por homicídio culposo, agora terá que definir a extensão da pena, que vai variar entre pagamento de fiança e prisão por até 15 anos, de acordo com as leis sul-africanas. A sentença será anunciada no dia 13 de outubro e, até lá, ele poderá aguardar a definição da sua pena em liberdade, sob fiança.
O corredor também foi condenado por uma das três acusações relacionadas ao uso de armas de fogo, que não tinha relação com o processo do assassinato. Neste caso, a pena pode ser de até cinco anos ou apenas punições como perda da licença para usar armas e pagamento de multa.
 |
|---|
Veja também:
