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'Papai mandou matar mamãe', diz filho de corretora morta no Rio

Mulher estava acompanhada do filho, de 13 anos, quando foi assassinada

Redação iBahia • 16/08/2018 às 13:51 • Atualizada em 27/08/2022 às 15:32 - há XX semanas

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O ex-marido da corretora de imóveis Karina Garofalo, de 44 anos, morta a tiro na frente do filho, de 13, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, nesta quinta-feira, teve a prisão temporária decretada pela Justiça. De acordo com a Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, Pedro Paulo Barros Pereira é suspeito de envolvimento no crime. A polícia já sabe que Karina e Pedro Paulo brigavam na Justiça por uma herança de mais de R$ 3 milhões.

A especializada também já identificou o homem que atirou em Karina: é o primo do ex-marido dela, Paulo Maurício Barros Pereira, contra quem também há um mandado de prisão. Equipes da DH estão nas ruas à procura dos suspeitos.

De acordo com o delegado André Barbosa, o próprio filho do casal reconheceu o primo do pai e gritou no depoimento: "Papai mandou matar mamãe". Segundo o policial, o depoimento do menino foi "assustador". Ele deu detalhes da ação e reconheceu imediatamente Paulo Maurício ao ser confrontado com a foto em que o suspeito aparece dentro do carro do crime: — O menino joga muito vídeo game e soube descrever com detalhes a arma do crime. Ele sabia inclusive que se tratava de um silenciador que estava acoplado na pistola.

Karina foi morta a mando do ex-marido

Imagens de uma câmera de segurança de um shopping perto do local do crime mostram que Karina já era seguida por Paulo Maurício. A mesma câmera flagrou, também, um homem de moto que a DH ainda tenta identificar.

A arma usada no crime foi encontrada na manhã desta quinta-feira, dentro de um canteiro perto do local onde ocorreu o crime. Ela estava com um silenciador. No mesmo saco plástico, foi encontrada também outra pistola. O veículo usado na fuga, também foi apreendido e periciado.

Para a polícia, a felicidade de Karina, que há quatro meses estava morando com novo companheiro, pode ter irritado Pedro, que não aceitava o fim do casamento: — Ela estava morando junto com o novo companheiro há cerca de 4 meses e a felicidade da mulher pode ter provocado irá no ex-marido. O crime guarda todos os qualificadores de um feminicídio. E as investigações apontam pelo menos para um homicídio triplamente qualificado. Por ser mulher, motivo torpe e sem possibilidade de defesa — disse o delegado.

Imagens mostram mãe e filho momentos antes do crime

Câmeras de um shopping onde Karina e o filho estavam pouco antes de ela ser morta. Nas imagens, eles caminham juntos e deixam o local. Eles andam pela calçada. De acordo com a polícia, poucos metros depois, os dois entram na Avenida Malibu, onde a corretora foi executada.

De acordo com André Barbosa, Karina sempre andava de carro blindado e os suspeitos sabiam o momento exato em que ela estaria desprotegida. Além do filho mais novo da corretora, que identificou o assassino, a polícia já ouviu também o depoimenda filha mais velha dela e de Pedro Paulo. A jovem, de 19 anos, confirmou que a motocicleta que aparece nas imagens é do pai. O irmão dela afirmou a mesma coisa e disse que conhece o veículo por já ter andado nele com Pedro.

Crime foi gravado

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Karina foi abordada pelo assassino. O registro, que está viralizando nas redes sociais, mostra quando um homem atravessa a Avenida Malibu, em frente ao condomínio Sunprime, aborda a vítima e dispara em seguida.

Após o crime, ele foge e a mulher continua caída na calçada em frente o condomínio. Nenhum pertence dela foi levado pelo homem, que, segundo a polícia, fez a abordagem encapuzado. A vítima usava uma blusa branca e uma calça preta. A família ainda aguarda a liberação do corpo. Ela deve ser enterrada no cemitério de Volta Redonda.

Um levantamento feito pela reportagem no site do Tribunal de Justiça (TJ) revela que Karina é mencionda em pelo menos quatro porcessos que tramitam na Justiça estadual. Um deles é uma ação de dissolução de casamento, datada de 2014, que está no Fórum de Volta Redonda, no Sul Fluminense.

Em um outro, que tramita na 5ª Vara Civel, e é datado de 2015, ela está envolvida na disputa de um imóvel, em Volta Redonda. Os outros dois processos são de 2016 e 2018, ambos também relacionados a disputas envolvendo imóveis ou aluguéis.

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