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Por Onde Anda? Sucesso nos anos 90, no papel de Ana Raio, Ingra Liberato continua atuando

A atriz baiana fala dos seus projetos atuais no cinema e no teatro, e relembra momentos marcantes de sua carreira, também na TV

• 29/01/2012 às 9:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 20:45 - há XX semanas

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Eterna 'Ana Raio', a baiana Ingra Liberato depois de inúmeras novelas, segue atuando no cinema e no teatro
Ingra Raio de Sol. Esse seria o nome da atriz baiana Ingra Liberato, se dependesse de sua mãe, a poetisa Alba Liberato. O impedimento partiu do cartório, que não autorizou tamanha criatividade, no momento em que se fazia o registro da criança, em 1966. Só na dramaturgia isso foi possível, em parte, quando, aos 24 anos, a atriz interpretou a personagem que veio a ser um marco na sua carreira: a selvagem e bela Ana Raio. A partir do desejo de sua mãe do passado, que não pode ser concretizado na vida real, a própria atriz batizou a sua personagem de Ana Raio de Sol, depois abreviado para Ana Raio. A personagem, uma peoa profissional de rodeio, foi o papel principal de um dos fenômenos da televisão brasileira, a telenovela ‘A História de Ana Raio e Zé trovão’, com direção de Jayme Monjardim (com quem Ingra era casada, a época) e Marcos Schetman, exibida pela extinta Manchete, em 1991. A atriz, hoje com 45 anos, mora em Porto Alegre, desde 2002, quando se casou com o músico Duca Leindecker, das bandas Cidadão Quem e Pouca Vogal, com quem tem um filho, Guilherme, de 9 anos. Embora esteja fora do Rio de Janeiro, onde, segundo a atriz, acontece o burburinho da teledramaturgia, Ingra segue sua carreira, nos palcos e no cinema.
Projetos atuais
Ingra em cena, na peça "Inimigas Íntimas", em cartaz há quatro anos
Há quatro anos, a atriz faz o espetáculo “Inimigas Íntimas”, que leva o argumento dela, desenvolvido e dirigido por Artur José Pinto, junto com a atriz gaúcha Fernanda Carvalho Leite. As duas interpretam quatro personagens: a atriz Lúcia, a dona de casa Mariana, a empregada doméstica baiana Yvette e a jornalista homossexual Jussara Mendonça. Através da comédia, a peça fala de temas como a idealização da felicidade, realização pessoal e a inveja. “A peça é uma comédia, baseada em questões femininas da minha vida e da vida das minhas amigas”, explica Ingra.
Ingra e seu pai, o cineasta Chico Liberato
O cinema também tem feito parte da sua carreira. Aliás, a sétima arte a acompanha desde criança. Filha do cineasta e artista plástico baiano Chico Liberato, pioneiro do cinema de animação na Bahia, autor do terceiro filme de animação de longa metragem feito no Brasil, Boi Aruá (1983), Ingra sempre conviveu lado a lado com o cinema. Entre outros prêmios, ganhou, em 2007, o Kikito de Melhor Atriz pelo longa “Valsa para Bruno Stein”, no Festival de Cinema de Gramado. E vem novidade por aí.Ente ano, será lançado o filme ‘Ensaio’, de Tânia Lamarca, do qual Ingra participa, sendo a única atriz. A história se passa numa companhia de dança, onde os bailarinos estão se preparando para um espetáculo sobre Anita Garibaldi. “No filme, os bailarinos são de verdade, só eu sou atriz. Foi bacana poder utilizar a dança no trabalho de atriz, coisa que nunca tinha feito”, comenta. ‘Ensaio’ vai ser lançado em breve, em algumas capitais, incluindo Salvador. Já no segundo semestre, Ingra começa a filmar ‘Um Pedido Incomum’, de Rogério Rodrigues, cujo personagem principal é feito pelo ator Werner Schunemann. Ingra faz a governanta da casa, localizada numa fazenda no sul do país.
E, unindo o trabalho e a família, será lançado ainda este ano, o segundo longa em animação do seu pai, Chico Liberato, ‘Ritos de Passagem’, ganhador do edital 2008 do Governo do Estado da Bahia, Fundo de Cultura- FCBA, Secretaria de Cultura, Secretaria da Fazenda, Instituto de Radio Difusão Educativa da Bahia (Irdeb) e da TVE Bahia. No longa, Ingra faz a dublagem de Maria Bonita. Junto com ela, participam também o ator Jackson Costa e o cantor Xangai. “O trabalho de meu pai tem uma riqueza de detalhes, de colorido e dessa vez foi trabalhado com ferramentas de computação, mas mesmo assim ele conseguiu manter as características do desenho dele”, descreve, orgulhosa. Como tudo começou
Cena de 'A História de Ana Raio e Zé Trovão', exibida em 1991 pela extinta Manchete
Apesar de, no filme ‘Ensaio’, ter sido a primeira vez que Ingra misturou dança e interpretação, trabalhar com o corpo e o ritmo, não é um campo desconhecido para ela. Pelo contrário. A dança foi a sua opção na faculdade, chegando a cursar a graduação na Escola de Dança, da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Porém, bastou uma viagem de férias ao Rio de Janeiro, em 1989, que o gosto por atuar foi surgindo, após conhecer uma turma de teatro. As férias se prolongaram, e ela resolveu ficar de vez, e nunca mais voltou a Salvador, para morar. Passou a fazer teatro e TV, tornando-se cada vez mais profissional.
A fama chegou para a atriz, nos anos 1990, no papel de Ana Raio, em ‘A História de Ana Raio e Zé Trovão’. “Essa novela foi um projeto muito especial, uma experiência muito rica. Foi feita por uma turma muito ousada, que saiu da Globo e foi para a Manchete, cheios de ideias novas.”, relembra. O sucesso foi grande, mas com ele veio também muito trabalho. “Depois que acabou Ana Raio, eu fiquei quatro anos sem atuar. Eu estava trabalhando muito, e precisei olhar mais pra dentro, ficar um pouco sozinha”.
"Depois que acabou Ana Raio, precisei olhar mais pra dentro, ficar um pouco sozinha"
Antes, Ingra tinha feito o primeiro capítulo de Tieta, gravado em Mangue Seco, a primeira fase de Pantanal e a minissérie Cantos da Sereia, porém a explosão mesmo veio com a peoa de rodeio, que, por um ano, foi paixão nacional. “A profissão de atriz foi fazendo cada vez mais parte da minha vida e me convenci de que não tinha mais como ser dançarina”. Outras telenovelas entram no seu currículo, como O Clone (Rede Globo), A Indomada (Rede Globo), Os Mutantes – Caminhos do Coração (Rede Record), entre outras. A Bahia para Ingra Liberato
Ingra, no papel de mãe, com Gui, e seu marido Duca.
A sua relação com Salvador é intensa. Segundo Ingra, a ligação com sua terra natal está presente no seu jeito de ser e de se relacionar com o outro.“Eu levo Salvador dentro de mim, inteira. Eu pratico o Candomblé. Sou católica, mas tenho maior devoção e respeito aos meus orixás. As minhas relações são baseadas nas relações ao estilo da Bahia, muito cheia de afeto. É esse o meu diferencial, aqui no sul. Na verdade, eu senti em alguns lugares onde morei, que esse meu jeito causava estranhamento, mas depois acaba passando”, reflete. A baiana, que cresceu mergulhada na arte, segue o mesmo caminho, agora com mais experiência do que a jovem de 24 anos, que conheceu de perto a força do sucesso, na pele de uma das personagens mais populares do Brasil. Experiência esta que diz ajudá-la ainda mais no seu trabalho: “Tudo que já vivi até hoje, o meu amadurecimento, a maternidade, eu levo para o meu trabalho, e sei que isso, a cada dia, só faz me enriquecer profissionalmente”.
"Eu levo Salvador dentro de mim, inteira"

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