O jornalista e escritor paranaense Laurentino Gomes, autor da trilogia formada por 1808, 1822 e 1889, foi o convidado mais aguardado do segundo dia da Pré-Flica, realizada na Caixa Cultural, que marcou o lançamento da 5ª Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). Durante a mesa Os Fatos e as Impressões, Laurentino, que já participou da Flica em 2013, comentou a corrupção no Brasil. Ressaltou que sempre existiu corrupção desde o Império, mas o governo atual não deve usar a história como desculpa para os atuais escândalos.VEJA AQUI TODA A PROGRAMAÇÃO DA FLICA 2015
No primeiro debate de ontem, intitulado Gentes Como Elas São, a escritora carioca Sonia Rodrigues e o cronista baiano Victor Mascarenhas relembraram tipos criados pelo pai de Sonia, Nelson Rodrigues (1912- 1980). “Foi uma homenagem minha e do Victor porque nos achamos rodriguianos, mas Sonia nos desmascarou. Não passamos no teste. Ela até falou mal do pai dizendo que ele era um homem pesado e, como fãs, ficamos desapontados, mas ela disse que homens pesadostêm princípios éticos”, afirmou Aurélio Schommer, curador da Flica e mediador da primeira mesa de ontem.Na sequência, debateram Miriam de Sales e Fabrício Carpinejar. Na mesa O Beme o Mal Que Saem da Boca, os dois falaram sobre relacionamentos, sexo e, claro, literatura. Com opiniões divergentes, arrancaram risos da plateia formada, em sua maioria, por estudantes, professores e historiadores. “É muito rico participar desse evento. Precisamos de mais iniciativas como essa”, pontuou a professora de Literatura Maria da Graça Santos, 45 anos. Além dos debates, o público conferiu a programação da Fliquinha, iniciada com Nairzinha e seu projeto Cirandando o Brasil, que resgata e atualiza a cultura da brincadeira brasileira. Teve ainda bate-papo como cordelista Maviael Mello e apresentação do grupo musical Currupio.A Flica 2015 tem o apoio da Caixa, Oi Futuro, prefeitura de Cachoeira, Sebrae e Odebrecht.
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