Douglas Grolli e Amaral, para a Chapecoense, e Raphael Veiga e Vitinho, para o Palmeiras, marcaram os gols do empate em 2 a 2. Mas o verdadeiro motivo do amistoso entre as duas equipes ficou ainda mais evidente na homenagem do início do jogo e no minuto 71, em que o jogo parou por sessenta segundos.
Aos 26 do segundo tempo, a torcida relembrou o número de vítimas no acidente, aplaudiu e cantou de forma emocionante: "Vamo, vamo, Chape". Além dos fãs, no estádio, jogadores, jornalistas e todos presentes na Arena Condá, também participaram do momento especial. Antes do apito inicial, Neto, Alan Ruschel e Follmann, de cadeira de rodas, também foram homenageados e levantaram a taça da Sul-Americana. Nilvado, Moisés, Lourency e Martinuccio, que participaram da campanha, também estiveram presentes.
"É um sentimento único, a gente agradece as orações de todo mundo. Só temos de agradecer. Ainda temos uma missão muito grande, vamos procurar honrar os que se foram da melhor maneira possível. Estar aqui é um sentimento único. Penso em voltar a jogar já. Os médicos me deram seis meses. Estou bem focado na minha recuperação, fazendo de tudo para voltar", disse Ruschel à TV Globo no intervalo da partida.
Apesar do clima amistoso, as duas equipes mostraram boa movimentação e o clima de competitividade foi alto. O Palmeiras mostrou muita marcação e qualidade na saída de bola. O Verdão começou jogando melhor, mas viu a dona da casa pressionar e chegar a virar o confronto. O duelo foi um bom teste para Vágner Mancini e Eduardo Baptista.
A primeira partida oficial da Chape será contra o Joinville, na próxima quinta-feira (26), às 21h30, na Arena Condá, pela Primeira Liga. Já o Palmeiras estreia no Campeonato Paulista somente no dia 5 de fevereiro, em casa, contra o Botafogo. Já Follmann, confirmou que irá seguir a vida e que valoriza as coisas mais simples da vida após o que aconteceu: "Para mim é um pouco complicado, pois ainda estou no hospital. É uma emoção muito grande estar aqui, pois estávamos sempre aqui treinando e jogando e você vir e ter uma homenagem como essa".
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"Não tem como a gente não ir às lágrimas. Estou feliz, me recuperando bem. É um sentimento que não tem explicação. Cabe a nós respeitar a vontade de Deus e voltar a tocar a vida. Estamos mais fortes e sabemos valorizar mais as coisas simples após o que aconteceu", contou o goleiro, na mesma entrevista.
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