Menu Lateral Buscar no iBahia Menu Lateral
iBahia > brasil
Whatsapp Whatsapp
BRASIL

Tiro que matou dançarino DG foi disparado por PM, conclui polícia

Delegado vai pedir que soldado da PM responda por homicídio

• 03/03/2015 às 22:08 • Atualizada em 30/08/2022 às 1:08 - há XX semanas

Google News siga o iBahia no Google News!
O tiro que matou o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, saiu da arma de um policial, segundo concluiu investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro. DG foi morto depois de uma madrugada de tiroteio na favela Pavão-Pavãozinho, na região de Copacabana. O rapaz trabalhou por quatro anos como dançarino do programa "Esquenta", apresentado por Regina Casé. O delegado Gilberto Ribeiro concluiu os trabalhos sobre o caso nesta terça-feira (3), segundo o Jornal Nacional. Ele vai pedir ao Ministério Público a prisão do soldado Walter Saldanha Correa Júnior por homicídio. Foi ele quem matou o dançarino, segundo a investigação. Outros seis PMs vão responder por falso testemunha e prevaricação. Dois policiais investigados foram inocentados. O tiro atingiu as costas de DG - o projétil entrou de baixo para cima e destruiu parte do pulmão do dançarino, saindo acima do braço direito, próximo ao ombro. Ele morreu por conta de uma hemorragia interna decorrente da laceração pulmonar causada pela bala.
O rapaz trabalhou por quatro anos como dançarino do programa "Esquenta", apresentado por Regina Casé
DepoimentoEm seu depoimento o soldado Walter disse que os PMs estavam na base da UPP quando, por volta das 22h, o sargento Alessandro da Silva disse que um anônimo ligou para o Disque Denúncia afirmando que o traficante Pitbull, um dos chefes do tráfico na região, estava no teleférico da favela. O sargento queria saber quem queria ir checar a informação. Por volta da meia-noite e meia, os PMs saíram para patrulhar a comunidade e averiguar a denúncia. Na versão dos soldados, o tiroteio com bandidos começou quando eles chegaram a uma quadra de esporte. Eram nove policiais que foram recebidos a bala. Fotos da reconstituição mostram que eles procuraram abrigo em um prédio próximo - três entraram e subiram as escadas. Outros seis ficaram na rua, em frente ao prédio, incluindo, segundo ele, o soldado Walter, que disparou o tiro que matou DG. O sargento Alessandro estava com um rádio transmissor, ouvindo a conversa dos traficantes, quando gritou "Granada, granada"! Houve um disparo que fez a luz da comunidade se apagar, segundo um dos soldados. Mais tiros foram ouvidos depois. Depois do confronto, os policiais se reuniram em frente ao prédio e voltaram à UPP. Mas uma gravação do dia mostra o policial Walter conversando com um colega. "Pô, Valadão, eu acho que acertei aquele Ganso" - Ganso era DG. A polícia concluiu que houve troca de tiros na quadra de esportes e que o projétil que matou DG é similar ao da Polícia Militar. O dançarino tinha parte da roupa umedecida, mostrando que o corpo passou por uma caixa d'água. O tiro dado pelo soldado Walter contra DG aconteceu quando o dançarino de baixo para cima, quando ele estava dentro do prédio. Diz o laudo: "o tiro foi desfechado de baixo para cima, na direção do quarto andar, onde DG buscava se esconder sobre o beiral, de onde, ato contínuo, saltou para o topo do muro, sucumbindo no local onde foi encontrado". Mesmo ferido, DG saltou para um muro em frente e e lá para o telhado de uma creche, onde acabou passando por duas caixas d'água. Ele cambaleou então, caiu várias vezes e acabou morrendo na creche. Na época parentes e amigos disseram que DG tinha ido à comunidade visitar a filha, foi confundido com traficantes e fugiu para se proteger.
Tiro que matou dançarino DG foi disparado por PM, conclui polícia
Correio24horas

Leia mais:

Venha para a comunidade IBahia
Venha para a comunidade IBahia

TAGS:

RELACIONADAS:

MAIS EM BRASIL :

Ver mais em Brasil