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CINEMA

Vai ao cinema? Veja a crítica do filme 'Vizinhos 2'

No filme, Mac e Kelly buscam ajuda do antigo vizinho Teddy para mais uma vez se livrarem de uma fraternidade barulhenta

Redação iBahia • 24/05/2016 às 23:59 • Atualizada em 27/08/2022 às 22:34 - há XX semanas

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Cinemáticos Redação Cinemáticos O sucesso inesperado de crítica e público com Vizinhos no longíquo ano de 2014 prometia uma inevitável sequência. Surge agora Vizinhos 2 quase como uma antítese do que continuações de comédias idolatradas apresentam com seus erros desnecessários, a exemplo das segundas partes de Quero Matar Meu Chefe, Se Beber Não Case ou Anjos da Lei.Aqui, Rogen e cia. aproveitam elementos do filme original e repetem-os claramente como galhofa sem perder a graça, enquanto novos personagens e tramas surgem de forma (relativamente) orgânica. Continuando a aposta no humor grotesco e juvenil protagonizado por semi-quarentões que ainda não sabem agir de acordo com suas idades ou jovens que encontram-se completamente perdidos em suas transições para o mundo adulto, Vizinhos 2 traz de volta, principalmente, a impressão de ser um filme livre de julgamentos, no qual todos parecem ser cretinos, mas tal característica, compreensivelmente, faz parte de suas evoluções como indivíduos.O filme surge um pouco desconjuntado de início, mas é um mal necessário para estabelecer algo importante: o novo trio de garotas (liderado pela excelente Chloë Grace Moretz) que servirá para aterrorizar o casal Radner (Seth Rogen e Rose Byrne) e sua junção com o ainda perdido na vida Teddy Sander (Zac Efron). Aos poucos, as peças vão se alinhando e Vizinhos 2 parece portar-se como um amigo bonachão com o qual sempre nos divertimos, mas dessa vez trazendo algumas gratas surpresas.O aspecto progressista do longa é algo a ser destacado, já de cara trazendo um dos personagens principais do filme anterior assumindo sua homossexualidade, o que deixa ainda mais engraçada toda a sugestão de tensão sexual do "brooowzismo" exacerbado nos dois longas. Não dispensando também uma hilária e (ainda que fora de contexto) brutal crítica à recente e crônica violência policial relacionada ao racismo, Vizinhos 2 sai do seu caminho para tornar-se algo maior do que sua tola história promete entregar. Obviamente, o principal avanço do filme dá-se no seu conflito principal, no qual a inversão de valores e gêneros torna-se algo fundamental para o filme, tanto como discussão e forma de fazer graça, inclusive na forma de assumir-se sem graça em lidar com aspectos feministas. A crueldade das garotas na irmandade quando comparadas à mera imbecilidade dos moleques do primeiro longa é algo que merece ser elogiado por ser fartamente aproveitado, além de questionar o absurdo e inconseqüência do mundo real que envolve as festas de jovens em fraternidades, regadas a álcool e sexismo.Vizinhos 2 não é nem um pouco sutil nas suas intenções e forma de abordar seus temas, mas sua tolice traz uma humanidade pouco vista em comédias de estúdio. O mero fato de ser capaz de levantar questões importantes e atuais já o torna um filme digno de ser visto, e quando somado ao fato de ser realmente engraçado e encerrar-se com otimismo sem a menor necessidade de outra continuação, fica difícil não recomendá-lo.

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