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Artigo: Motivado para estudar ou treinado para aprender?

Parte 2

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18/07/2014 às 11:20 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:31 - há XX semanas
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Na primeira parte da abordagem deste tema descrevi o conformismo da escola e dos pais diante do fato de que os jovens não aprendem o quanto poderiam aprender. Falei também que no nosso País ninguém nos ensina a estudar, e o professor limita suas lições a passar conteúdo em sala de aula, o que pode ser visto como uma das causas do baixo rendimento na escola, e consequentemente da vexatória posição do Brasil na comparação com a maioria dos países. Prometi que nesta segunda parte sugeriria mudanças na forma de estudar, como maneira de facilitar a assimilação do conhecimento. E isso não serve somente para os concursos. Veja também: Artigo: Concurseiros de ocasião e os erros mais comunsArtigo: Estão sobrando vagas no serviço públicoArtigo: Vale a pena viajar para participar de concursos?Artigo: Pobre também passa em concursos públicosArtigo: Forma de estudar e linha de corte para a segunda fase Quando alguém que precisa ter melhor rendimento em provas vai a uma palestra motivacional, normalmente busca palavras estimulantes e argumentos que, com uma boa dose de boa vontade do ouvinte, consigam convencê-lo de que vale a pena estudar mais e mais. Não se cogita a possibilidade de mudar a maneira como se vem estudando. O resultado disso é fazer as pessoas suportarem mais sofrimento, por estarem convencidas de que vale a pena o sacrifício. E por que não se substitui o sacrifício pela técnica? Estudando com metodologia (e não com a simples leitura ou com a feitura de resumos inúteis e mal feitos) que promova a diversificação da forma de estudar, consegue-se, ao mesmo tempo, ampliar o aprendizado (pelo uso das técnicas) e ampliar o tempo dedicado aos estudos (por deixar de ser uma atividade sofrida). Nesse momento as pessoas começam a gostar de estudar, e não somente daquilo que o estudo pode trazer (aprovações, sucesso profissional, titulações, cargos etc). Gostar de estudar é o grande segredo da aprovação. Normalmente eu ensino 8 métodos de estudos em 12 horas de aula, para que o estudante escolha alguns deles com os quais mais se afine, e assim renda mais. Essa carga horária justifica o motivo pelo qual nem tento explicar um dos métodos aqui neste espaço. Sei que não é fácil convencer adultos que chegam à graduação ou ao doutorado de que nem tudo é fichamento, e de que ainda há tempo de aprender a estudar. O ideal seria inserir tal conhecimento no ensino fundamental, e faríamos uma verdadeira revolução na escola brasileira. Se pessoas que foram péssimos estudantes dos piores colégios estão conseguindo passar com rapidez em concursos públicos, imaginem que País teríamos se métodos de estudos fossem ensinados às crianças, como ferramentas para o seu desenvolvimento até o final da vida escolar! Na terceira e última parte desta abordagem irei traçar a diferença entre desejar muito um resultado e agir para que ele seja alcançado. Assim entenderemos bem como se consegue a motivação não para estudar, mas para, por meio do estudo, alcançar os objetivos.

*Waldir Santos é Advogado da União, Presidente do Tribunal de Ética da OAB/BA e autor dos livros “Concurso público – estratégias e atitudes” e “Mitos, Lendas e Mentiras sobre concursos públicos”. Apresenta o programa CBN Empregos e Concursos (FM 91,3, das 16 às 16h30h). Twitter: @waldirconcursos / E-mail: [email protected]. Facebook.com/waldirconcursos

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