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Ataques a banco aumentam 120% em relação ao ano passado

Nos dois primeiros meses de 2012, foram registrados 42 ataques a bancos – entre assaltos e tentativas – em todo o estado

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04/03/2012 às 10:35 • Atualizada em 07/09/2022 às 6:51 - há XX semanas
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Bandidos fortemente armados invadem o local e espalham pânico em cinematográficas ações de assaltos a bancos. Quem mora no interior, principalmente, já viu esse filme. Só que este ano ele está sendo reprisado. Em dobro. Nos dois primeiros meses de 2012, foram registrados 42 ataques a bancos – entre assaltos e tentativas – em todo o estado - incremento de 120% em relação ao ano passado, quando no mesmo período 19 ações foram contabilizadas pelo Sindicato dos Bancários da Bahia. Entre os atores que contribuíram para o aumento do número de ocorrências, de acordo com o delegado Márcio César da Silva, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), está o motim de PMs. “O que aumentou muito a estatística foi essa situação (o motim da PM). Se analisar, a maioria foi nessa época”, ressalta Silva. Durante a paralisação (1º a 11 de fevereiro), aconteceram 13 ataques no estado com objetivo de roubo - ataques a tiros não foram somados. Nos 11 primeiros dias de janeiro foram sete.
Ataque e, Dias D'Ávila foi um dos 11 com uso de explosivos
DistribuiçãoDas 42 ocorrências, três foram frustradas (Candeal, no Nordeste do estado; Candeias, na Região Metropolitana , e no Itaigara, na capital). Dos 39 assaltos, 11 foram com uso de explosivos (como Dias D’Ávila, no dia 17 de janeiro, na foto maior), 13 foram com maçaricos, um usou ambos, e em sete ocasiões foram feitos reféns (veja mapa). Em uma das ações, em 26 de janeiro, em Governador Mangabeira, o vigilante Alvino Gonzaga de Souza, 44, foi morto com três tiros. A capital e RMS concentraram o maior número de ocorrências (12 - oito em Salvador e 4 nos municípios vizinhos), seguidas pelo Recôncavo baiano (6) e regiões Sul e Centro-Norte – 5 cada uma. A região Oeste não sofreu nenhum ataque. O aumento no número de ataques em Salvador chama a atenção: quadriplicou com relação ao ano passado, quando só houve dois ataques em janeiro e fevereiro. Para o delegado chefe da Polícia Civil, Hélio Jorge, a maior circulação de pessoas e coleta de numerários contribuíram. “São diversos fatores que prejudicaram a Segurança como um todo. Estamos fazendo uma análise criminal onde há incremento para saber o que realmente pode ter acontecido”, comenta. Entre as instituições, o Banco do Brasil foi o que mais sofreu ataques – 26, sendo 21 só no interior. O Bradesco foi o segundo maior alvo das ocorrências – 11 vezes. Santander teve três ataques e Itaú, dois. CinemaO último episódio do bimestre foi ao ar na última quarta, em Amargosa, a 235 km de Salvador. As cenas rodadas tiveram a ousadia dos bandidos como protagonista. Antes de chegar aos bancos, o bando, com dez homens, foi até a delegacia, furou pneus de viaturas e fez um agente refém. No caminho até as agências, os assaltantes deram tiros para o alto. Na sequência, invadiram o Bradesco e depois o BB. A quadrilha formou uma corrente humana com clientes e funcionários enquanto limpava o cofre. Na fuga, o bando levou nove reféns, jogou moedas para cima e incendiou um carro. Os reféns foram deixados na localidade de Ribeirão. Ninguém foi preso. Ontem, o clima ainda era tenso. Até helicóptero da PM ainda circula na região. “A gente mora no interior e quando acontece algo assim parece coisa de filme. O medo existe independente de acontecer e agora só aumentou”, relata a doceira Adélia Freire, 44. Ela, que mora perto do cenário, preocupa-se com o retorno dos bandidos. “Os bancos estão funcionando com policiamento, mas a gente não sabe se eles vão voltar e serão os mesmos”.

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