A Bahia teve uma variação negativa de 5,8% no número de leitos de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) entre outubro de 2005 e junho de 2012. Segundo levantamento Conselho Federal de Medicina (CFM), o estado teve uma perda de 1.631 leitos, sendo que 230 foram desativados na capital Salvador. Em todo o país foram mais de 42 mil leitos desativados. Entre os estados brasileiros, a Bahia foi o 16º na variação percentual com maior perda. No Nordeste, entre as nove unidades federativas, a Bahia foi o terceiro estado com maior número de leitos desativados em números absolutos.
Mato Grosso do Sul é apontado como o estado brasileiro que mais perdeu leitos (-26,6%), seguido pela Paraíba (-19,2%) e pelo Rio de Janeiro (-18%). Em números absolutos, São Paulo aparece na frente, com a redução de 10.278 leitos, seguido por Minas Gerais, com 5.177, e pelo Paraná, 3.057. Já Roraima, segundo o levantamento, é o estado que registrou o maior aumento no número de leitos no mesmo período (33,5%), seguido por Rondônia (23,6%) e pelo Amapá (9,2%). Em números absolutos, o Pará aparece na frente, com 793 leitos criados, seguido por Rondônia, com 622, e pelo Amazonas, com 360. Entre as especialidades mais atingidas com o corte, de acordo com a análise, estão a psiquiatria (-9.297 leitos), a pediatria (-8.979), a obstetrícia (-5.862), a cirurgia-geral (-5.033) e a clínica-geral (-4.912). Por meio de nota, o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Ávila, avaliou que grande parte dos problemas enfrentados pelo SUS passa pelo subfinanciamento e pela falta de uma política eficaz de presença do Estado. “Os gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que ‘faltam médicos no país’. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de infraestrutura física, de políticas de trabalho eficientes para profissionais da saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do SUS”, disse no comunicado. O Ministério da Saúde apontou falhas no levantamento. De acordo com a pasta, o CFM não fez uma interpretação correta dos números, já que os dados não foram analisados ano a ano e os leitos remanejados não foram levados em consideração. *Com informações da Agência Brasil
Fontes: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/MS) |
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