Após receber uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na noite de sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou, na madrugada deste sábado (4), que o Comando Nacional dos Bancários vai recomendar à categoria o fim da greve, que começou na última terça-feira.
Segundo a Contraf-CUT, os trabalhadores dos bancos públicos e privados vão decidir em assembleia pelo fim ou não da paralisação amanhã. Em todo o Brasil, 134 sindicatos representam a categoria e irão levar a proposta da Fenaban para votação dos bancários. Na nona rodada de negociação, a Fenaban propôs elevar o índice de reajuste de 7,35% para 8,5% (aumento real de 2,02%) nos salários e demais verbas salariais, de 8% para 9% nos pisos (2,49% acima da inflação) e 12,2% no vale-refeição. Em relação aos dias parados, a entidade dos bancos propôs compensação de uma hora por dia no período de 15 de outubro a 31 de outubro, para quem trabalha 6 horas, e uma hora no período entre 15 de outubro e 7 de novembro, para quem trabalha 8 horas.
“Vemos essa proposta como positiva. É um aumento maior do que no ano passado e também é muito importante a criação de mecanismos de combate à pressão por venda de produtos. Foi um avanço. Nos últimos anos nos tentaram vencer pelo cansaço, tanto que a greve em 2013 durou 26 dias. Parece que eles aprenderam com os erros e resolveram de fato apresentar uma proposta melhor”, afirmou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, ao site de notícias G1. A greve dos bancários, que entrou na sexta-feira em seu quarto dia, já fechou 10.355 agências pelo país, segundo a Contraf-CUT.
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche e gratificação de caixa. Além do aumento de salário e benefícios, os bancários também pedem melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas, combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras demandas. Em 2013, os bancários promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%. Matéria original: Correio24Horas Bancos melhoram proposta e fim da greve será decidido nesta segunda-feira
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