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Com Sisu, Ufba se abre para o país, principalmente em Medicina

Ao utilizar o sistema pela primeira vez para seleção, a instituição passou a ser mais visada em outros estados. Dos 114 calouros inscritos em Medicina, 41 vêm de fora - a maioria de SP e MG

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12/02/2014 às 9:14 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:42 - há XX semanas
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Há dois anos, o estudante mineiro Súlivan Miranda, 19 anos, tentava uma vaga no curso de Medicina. O sonho vai virar realidade em Salvador, a partir de 17 de março, com o início das aulas da Universidade Federal da Bahia. Súlivan é um dos 14 mineiros convocados para Medicina na Ufba em 2014, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Ao utilizar o sistema pela primeira vez para seleção, a instituição passou a ser mais visada em outros estados. Dos 114 calouros inscritos em Medicina, 41 vêm de fora – a maioria de São Paulo (16) e Minas Gerais (14). O número de calouros desterrados no curso de Medicina corresponde a 36% do total, um percentual bem acima do que foi registrado em números gerais da universidade: 5,4% - 251 dos 4.618 convocados.
Nascido em Barbacena, Súlivan é um dos 14 mineiros já matriculados como calouros de Medicina da Ufba
Para o pró-reitor de Ensino e Graduação da Ufba, professor Ricardo Miranda, o intercâmbio é positivo. E ele queria mais. “Infelizmente, foi só 5%. Já imaginou se tivesse gente do mundo todo na Bahia? Isso aqui seria uma outra universidade”, afirmou. Para Miranda, o intercâmbio é proveitoso para a universidade e os estudantes. “Quanto mais o jovem sai, circula, melhor para a sua formação. Nos países onde as universidades têm mais tradição, a coisa mistura muito mais, é importante que universidade promova isso”, opinou. Em 2013, somando seis universidades públicas da Bahia, 426 estudantes de outros estados conseguiram vaga por aqui, ocupando 7,5% da quantidade total de vagas. No caso de Súlivan, que mora em Barbacena, a Ufba não era a única opção. Além de Salvador, ele tentou vaga no Rio de Janeiro. “Tentei na Ufba porque em Medicina, ela é uma das melhores do país”. Quem também reforça o time mineiro em Medicina é Priscila Lacerda, 20, de Governador Valadares. Ela também foi aprovada no Rio, mas escolheu a Ufba. “É uma faculdade tradicional, então me chamou a atenção”, disse. DebateNesse cenário de disputa nacional, o que preocupa a professora Telma Britto, doutora em Educação e professora do Instituto Federal da Bahia (Ifba), é a desigualdade educacional do Nordeste com relação ao Sul e Sudeste do país. “A gente não pode criar um barreirismo, dizer que ninguém vai entrar. Mas a gente sabe que o Nordeste ainda está muito distante dos índices educacionais de estados como São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro”, observou Telma. Mesmo assim, a educadora acredita que o intercâmbio é importante e deve ser estimulado. “Em tempos de globalização, essas fronteiras tendem a se diluir. É positivo do ponto de vista da mobilidade, de o estudante poder fazer um intercâmbio dentro de uma outra realidade social”. Presidente do Diretório Acadêmico de Medicina da Ufba (Damed), o estudante Felipe Pinho diz que as perspectivas da chegada dos colegas de fora são muitos mais positivas do que negativas. “Acredito que o aprendizado será muito maior. Tenho muita esperança de que isso vai trazer benefícios para a comunidade acadêmica”.
No Damed, os integrantes já começam a se preparar para receber os novos colegas. “A gente realiza a Semana do Calouro, que é o momento em que nós apresentamos a universidade. Estamos encontrando mecanismos para recepção e inserção adequada do novo perfil de estudante de Medicina na comunidade acadêmica”, disse Pinho. Ele, entretanto, diz temer que, após a conclusão do curso, os novos médicos não fiquem na Bahia. Súlivan Miranda diz que essa decisão ainda é uma incógnita e depende de uma série de variáveis, como a residência. “Mas não dispenso a oportunidade de morar no Nordeste, não”. Matéria original: Correio 24h Com Sisu, Ufba se abre para o país, principalmente no curso de Medicina

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