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Confronto entre PM e manifestantes deixa trabalho para Limpurb

Nos embates foram registrados algumas denúncias de violência policial; SSP afirma que estas serão apuradas

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24/06/2013 às 10:23 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:07 - há XX semanas
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A passagem dos manifestantes e o confronto com a polícia em diversos pontos de Salvador, sábado à noite, deixaram um rastro de destruição que precisou ser limpo – pelo menos parcialmente – na manhã de ontem. Os locais mais atingidos foram o Iguatemi, a Avenida Paralela e o Vale dos Barris, onde houve confronto e vandalismo. O gari Gilson Santos, há 16 anos na profissão, foi um dos primeiros a chegar ao Iguatemi, junto com colegas da Limpurb. “Muito vidro, lixo misturado, caixas e placas queimadas. Não sei dizer a quantidade, mas é muito. É a primeira vez que eu vejo a cidade desse jeito”, declarou.No Vale dos Barris, os técnicos da Transalvador tiveram que improvisar para recolocar no lugar placas de sinalização que foram quebradas. “Tem a placa, tem o material, o tubo que não serve mais, carro, combustível, cimento, pessoal. Tudo isso é prejuízo”, disse o supervisor do órgão, Cezar Passos. Em frente à Polinter, os funcionários fixaram uma placa no poste, já que o tubo que a mantinha na calçada foi inutilizado. De acordo com a presidente da Limpurb, Kátia Alves, toda a equipe de limpeza da cidade esteve nas ruas desde o início da manhã.Até o início da tarde, a maior parte do material recolhido era de estilhaços de vidro vindos de pontos de ônibus e totens luminosos. A Limpurb não informou a quantidade de material recolhido até o fechamento desta edição.DADOS DA DESTRUIÇÃO
Pelo menos 12 pontos de ônibus apedrejados no Iguatemi, Paralela, Baris e Politeama.
Uma porta de vidro apedrejada e avarias em estacionamento do Shopping Iguatemi
Fachada de vidro e portas internas da agência Bradesco Prime apedrejados ao lado do Iguatemi
Pelo menos dez totens luminosos de publicidade apedrejados na Av. ACM, Politeama e Vale dos Barris
Dois toldos danificados no Vale dos Barris; um deles foi parcialmente incendiado.
Três placas de sinalização quebradas no Vale dos Barris
Uma placa de obra do governo do Estado quebrada na Paralela
Banners da FIFA destruídos em diversas vias da cidade
Vidros da Polinter apedrejados e carros com vidros quebrados e lojas apedrejadas no Orixás center
Portaria apedrejada, carros atingidos e gradil danificado no Estacionamento São Raimundo
Muros pichados nos Barris, Politeama e Garcia, além de lanchonete Subway apedrejada no Garcia
SSP informa que vai apurar denúncias de violência policialDurante as manifestações de ontem, a Polícia Militar foi novamente acusada de cometer excessos contra manifestantes. A mesma acusação já havia sido feita na quinta-feira (20), quando houve o primeiro confronto entre polícia e manifestantes.Através da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) declarou que vai apurar todas as denúncias e que as pessoas serão ouvidas. A pasta acrescentou que denúncias sobre o comportamento dos policiais devem ser encaminhadas às corregedorias das polícias Militar e Civil ou à Ouvidoria.Durante a manifestação, os policiais foram acusados também de cometer excessos com jornalistas. O editor do site Bahia Notícias, Evilásio Júnior, relatou ter sido agredido por um cabo da PM depois de questionar os disparos feitos em direção ao repórter fotográfico do CORREIO Almiro Lopes.O repórter Francis Juliano, também do Bahia Notícias, questionou a agressão ao colega e foi preso por desacato. Segundo a PM, ele já foi liberado e havia sido detido após um “mal entendido que provocou uma discussão com um oficial”. Nos Barris, o fotográfo do portal iBahia, Tiago di Araújo, foi cercado por policiais militares, que o obrigaram a apagar todas as fotos da repressão policial aos manifestantes. Tiago conseguiu recuperar as fotos.O fotógrafo Ricardo Cardoso, que cobriu o protesto pela agência Framephoto, foi abordado por policiais próximo à 1ª Delegacia dos Barris que, segundo relato dele, exigiram que ele apagasse as para não comprometê-los. Ricardo se recusou a apagar o material.O Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia (Sinjorba) disse que encaminhará ao Governo da Bahia protesto formal e também solicitará ao Ministério Público Federal, que já avalia excessos cometidos pela PM na repressão aos manifestantes, solicitando a apuração.

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