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Conheça detalhes do projeto que irá revitalizar a orla de Stella

Orçamento e previsão de início das obras ainda vão ser definidos, mas moradores e comerciantes já projetam dias melhores para a região

Redação iBahia • 19/09/2016 às 15:56 • Atualizada em 01/09/2022 às 13:16 - há XX semanas

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O sol tinha acabado de se pôr e a lua cheia surgia gigantesca. Um espetáculo sem plateia. Às 17h45 de quinta-feira, ao menos na orla de Stella Maris, o que se via era uma praia sem banhistas, uma beira-mar deserta, iluminação em penumbra e moradores entocados em casa. Para os que elaboram o projeto de revitalização da região, este é um cenário que deve mudar em alguns meses.A nova Stella ainda não tem prazo para ficar pronta e a verba para a execução das obras ainda não foi liberada. Mas o fato é que o projeto, o único plano de urbanização para aquela área em décadas, está 100% finalizado. Na verdade, o projeto não contempla somente o local. A obra com 5 km de extensão parte do limite com Itapuã, atravessa Stella, passa por Praia do Flamengo e chega até Ipitanga.

				
					Conheça detalhes do projeto que irá revitalizar a orla de Stella
Fotos: Divulgação/ Fundação Mário Leal Ferreira
O casal Thiago Jacomel, 30, e Andressa Oliveira, 32, das últimas pessoas a se recolher para casa, chegou a imaginar aquele trecho de Orla com ciclistas, skatistas e patinadores dividindo o mesmo espaço, namorados de mãos dadas sem preocupação, bares e quiosques cheios o dia inteiro e, por que não, um mergulho à noite. “Nós somos teimosos por estar até agora aqui. Queremos ver essa orla cheia de gente o dia todo. À noite, basta uma boa iluminação”, afirma Thiago.Intervenções Segundo a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), responsável pela obra, vai ter tudo isso e mais um pouco. As intervenções urbanísticas, depois de quatro reuniões com a comunidade, envolvem a construção de um grande calçadão, ciclovia, quadras de futebol, quadras de vôlei, deck de contemplação e de meditação, mirante, parques infantis, quiosques, espaço cultural, espaço para massagem, base de apoio a esportes náuticos, trilhas e pistas para patins.Também haverá colocação de mobiliário urbano e instalação de novas redes de iluminação e drenagem. Apesar do tamanho do projeto, o maior em extensão se comparado com os que já foram feitos, este é considerado o mais “orgânico”, ou seja, mantém as características originais, sem grandes alterações ambientais. O projeto prevê a manutenção do cordão de dunas e a recomposição da cobertura de restinga, por exemplo.Outra preocupação foi manter o grande coqueiral da praia. “Ali temos ainda muita área de restinga e muitos coqueiros. Não só vamos mantê-los como vamos plantar ainda mais vegetação. Esse vai ser um dos maiores orçamentos da obra”, explica a arquiteta e urbanista Tânia Scofield Almeida, presidente FMLF.“A ideia é transformar esse trecho de orla, mas sem tirar suas características, dando condições para as pessoas usarem o espaço de forma agradável. Com esportes, ciclovia e pista para cooper, as pessoas vão passar a usar aquilo ali”, acredita Tânia. “Até espaço para ioga e base para os surfistas vamos fazer. Não tem porque ficar mais em casa”, destaca a arquiteta.Há tempos, além de perigosa e deserta à noite, Stella vive completa desorganização do uso da praia e da área de estacionamento pelos carros, que muitas vezes se aproxima da faixa de areia. O projeto contempla estacionamentos, mas nas ruas internas de Stella. “Aquela ocupação ali é completamente irregular e conflituosa. Os espaços não são bem aproveitados”, observa.Comerciantes da área estão animados com o projeto. “Uma obra dessa vai atrair gente. Gente atrai gente, atrai mais restaurantes, mais bares. Depois que as barracas foram derrubadas, o turista e os banhistas sumiram daqui. Precisamos reconquistá-los”, analisa Roger Plabicka, dono do restaurante A Brasa, na orla de Stella Maris. Antes um pouco receosos, moradores começam a enxergar as transformações com bons olhos.Bom para todos O professor de educação física Paulo Balogh, 33, não gostava da ideia de a praia de Stella perder suas belezas naturais para o concreto. “Hoje eu gosto do projeto porque a promessa é de que mexa muito pouco na natureza”, afirma.“A ideia não foi brigar, mas buscar algo que fosse bom para todos”, destaca o surfista Geraldo Conrado, que, através de uma associação de surfistas do bairro, participou das reuniões com a prefeitura.Os recursos para as obras da orla de Stella serão destinados pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). Ainda não se sabe o valor porque o orçamento só será fechado em 15 ou 20 dias. “Apenas o orçamento técnico está sendo concluído, já que vamos discuti-lo com as secretarias que têm experiência de obra”, afirma Tânia Scofield. A arquiteta refere-se à Secretaria de Infraestrutura e Defesa Civil (Sindec) e a Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), que devem executar as obras.

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