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Delegado e policiais civis presos em operação são soltos

Militares foram presos durante terceira fase da 'Operação Casmurro' agora respondem em liberdade após decisão da Justiça

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Redação iBahia

30/03/2022 às 18:54 • Atualizada em 31/08/2022 às 3:23 - há XX semanas
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Foto: Alberto Maraux /SSP-BA

O delegado e três policiais civis presos durante a terceira fase da Operação Casmurro, deflagrada em junho de 2021 em Salvador e Seabra, cidade da Chapada Diamantina, foram soltos. Os militares agora respondem em liberdade após decisão da Justiça.

De acordo com o g1 Bahia, a polícia informou que a decisão judicial substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares consistentes na proibição de acesso à Delegacia Territorial de Seabra ou qualquer forma de contato com servidores da unidade.

As prisões dos militares ocorreram no dia 30 de junho de 2021. A Polícia Civil informou que os quatro foram soltos pela Justiça em 17 de março deste ano.

Segundo a Polícia Civil, os servidores não estão afastados do serviço público. Os quatro foram transferidos para delegacias de outras cidades baianas, que não tiveram os nomes divulgados.

A Polícia Civil ainda informou que a Força Tarefa da Corregedoria Geral da da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) apurou as denúncias relativas aos suspeitos durante o inquérito policial, instruído, concluído e remetido para a justiça criminal.

Durante a investigação, de acordo com a polícia, as provas colhidas foram avaliadas sob a ótica do direito administrativo disciplinar. A técnica foi utilizada para saber quais e quantos dispositivos da legislação disciplinar foram, em tese, violados.

Após a conclusão da análise, foi publicada a portaria de instauração do Processo Administrativo Disciplinar.

Operação

Segundo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), que integra a operação, as investigações apontaram indícios do envolvimento dos policiais civis lotados na 13ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Seabra, com o tráfico de drogas. Além disso, os militares podem estar associados também a uma possível lavagem dos ativos criminosos.

Ao todo seis pessoas foram presas preventivamente. Não há detalhes se o agente administrativo e o empresário também foram liberados.

Além das prisões, a Justiça em Seabra autorizou a busca e apreensão em uma casa. Celulares, rádio comunicador, dispositivos de armazenamento de dados, dinheiro e documentos foram apreendidos.

Entenda o caso

A primeira fase da Operação Casmurro ocorreu em abril deste ano. A segunda fase foi deflagrada no início do mês de junho.

Investigações da Polícia Civil descobriram, em junho de 2020, uma extensa plantação de maconha no Povoado de Baixio da Aguada, zona rural de Seabra. A previsão de colheita era de três toneladas de droga.

A investigação revelou os traficantes e os policiais, com o intermédio de um empresário da região. Ele tinha tinha grande influência na polícia local e estabeleceram propina de de R$220 mil e a droga apreendida não foi completamente incinerada.

Os policiais teriam permitido a colheita do restante da droga, e ainda ajudaram a transportá-la dentro das viaturas da polícia, para armazenamento em propriedade rural do empresário, até que fossem enviadas para Salvador.

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