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Com mortes em festa, Simões Filho registra 62 homicídios este ano

Polícia investiga o crime, que aconteceu no domingo

• 11/08/2015 às 7:28 • Atualizada em 31/08/2022 às 4:54 - há XX semanas

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Morto sem passagem pela polícia
Com os dois homicídios de domingo, chegou a 62 o número de assassinatos registrados no município de Simões Filho este ano, segundo boletins diários divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) em seu site.O número representa uma redução de 26%, com relação ao mesmo período de 2014, quando foram registrados 84 homicídios. Simões Filho já foi considerado o município mais violento de todo o país. Apesar da redução deste ano, chama a atenção o salto de violência observado nos meses de julho e agosto. Em julho, foram 15 homicídios no município, o maior registro do ano (confira abaixo), e este mês, em dez dias, já foram sete assassinatos. “Houve um acréscimo aparente, mas estamos ainda dentro da meta, que era de reduzir o número de homicídios”, afirmou o delegado titular da 22ª Delegacia (Simões Filho), Rogério Pereira Ribeiro. Segundo ele, faltam políticas públicas nacionais para a redução da violência. “A política que existe está voltada para o combate, quando na verdade deveria estar voltada para a prevenção”, avaliou. Crime em festa "paredão" Cinco pessoas foram baleadas durante um ataque na noite de domingo durante uma festa, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Duas delas morreram: Ueberson Batista Macedo, 27 anos, e Carlos Ailton dos Santos Ribeiro, 18. Segundo informações da Polícia Militar (PM), o crime aconteceu por volta das 21h, na Rua Otávio Mangabeira, em um local conhecido como Largo do Silviano. As vítimas haviam saído de uma festa no bar Tô Chegando e montaram, na rua, um paredão de som -uma reunião de equipamentos de som de carro. Ainda de acordo com a PM, mais de 20 pessoas estavam reunidas na festa do paredão, no Loteamento Cristo Rey, comemorando o Dia dos Pais, quando pelo menos quatro homens armados chegaram ao local em um carro preto e atiraram na direção do grupo. Cinco pessoas foram atingidas pelos disparos. Ueberson Batista Macedo, 27 anos, morreu no local do crime. A segunda vítima fatal, Carlos Ailton dos Santos Ribeiro, 18, recebeu um tiro na altura do pescoço, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Simões Filho, mas também não resistiu. As outras três vítimas, Laura Gomes Santa Isabel, 20 anos, atingida no peito, Richard de Soares de Jesus, 18, baleado na perna esquerda, e uma adolescente de 15 anos, atingida na mão, também foram socorridas por familiares para o Hospital Municipal de Simões Filho, onde permaneciam internadas até o final da tarde de ontem. Ainda de acordo com a PM, houve correria no momento dos disparos e nenhuma testemunha conseguiu identificar o veículo ou anotar a placa do carro.

Hipóteses Segundo o delegado Rogério Pereira Ribeiro, titular da 22ª Delegacia (Simões Filho), há duas hipóteses para o crime: a primeira seria o envolvimento de Ueberson, que também era conhecido como Quim, com o tráfico de drogas. A segunda é uma briga antiga de Quim. “Havia um direcionamento dos tiros que era para o traficante Ueberson, conhecido com Quim. Ele tem passagem pela polícia. As outras vítimas não tinham relação e foram baleadas porque estavam no local. Essa primeira hipótese estaria relacionada com uma suposta dívida de Ueberson”, explicou. “Já a segunda hipótese está ligada a uma briga que ele teve com o autor dos disparos. Nós ainda não sabemos a motivação da briga, mas já temos o nome de um suspeito”, completou o delegado. Ainda segundo Ribeiro, equipes do Serviço de Investigação da Polícia Civil (SI) já estão em busca do suspeito. A prisão poderá ser efetuada ainda hoje. “Estamos com as equipes na rua, trabalhando para dar um flagrante nele. Não posso falar ainda quem é. Pelo menos quatro pessoas participaram do crime”, afirmou. Sem relação De acordo com o delegado, Carlos Ailton dos Santos Ribeiro não tinha passagem pela polícia e também não tinha nenhuma relação com o suspeito de ter cometido o crime. No início da tarde de hoje, o pai do rapaz, Ailton Ribeiro Ramos, 57 anos, foi ao Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (IML) efetuar o reconhecimento do corpo do filho. Segundo ele, o rapaz saiu de casa informando que não demoraria a voltar. “Na hora que ele saiu de casa, eu estava dormindo. Ele saiu para essa festa e disse para a mãe que não ia demorar. Até onde eu sei, ele saiu de casa sozinho. Depois, só recebi uma ligação, não sei dizer de quem, informando que meu filho tinha sido baleado e estava no hospital. Quando eu cheguei lá (no hospital), ele já estava morto”, lamentou. Ainda segundo o pai da vítima, o filho trabalhava há pelo menos oito meses como prestador de serviços gerais na Ceasa de Simões Filho. “Ele era um bom filho, não tinha envolvimento com coisa ruim, morava comigo, com a mãe e os outros dois irmãos. Ele era o do meio. Trabalhava na Ceasa durante o dia, para ajudar em casa, e à noite estudava”, contou. Procurada pela reportagem do CORREIO, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) informou que Carlos Ailton não possuía matrícula na rede estadual de ensino. A reportagem também entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Simões Filho (Semed), mas não foi atendida. Os corpos de Carlos Ailton e de Ueberson Batista foram sepultados ontem no Cemitério Municipal de Simões Filho.
Correio24horas

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