Menu Lateral Buscar no iBahia Menu Lateral
iBahia > bahia
Whatsapp Whatsapp
BAHIA

Gestão do Polo pode ser privatizada total ou parcialmente

O Centro de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), estado e município estudam a possibilidade de uma gestão feita principalmente pelas empresas ou dividida entre empresários e governantes

• 12/07/2013 às 8:18 • Atualizada em 02/09/2022 às 0:58 - há XX semanas

Google News siga o iBahia no Google News!
O lançamento do novo plano diretor do Polo Industrial de Camaçari, na manhã de ontem em cerimônia na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), foi considerado o primeiro passo para uma reforma no modelo de gestão do complexo industrial: a privatização parcial ou completa da área onde fica o Polo. A ideia, que já é fruto de discussões entre governo e iniciativa privada, veio a público através do governador Jaques Wagner, que discursou durante a cerimônia de ontem. “A partir de agora, um dos principais desafios é aprofundar os estudos sobre um condomínio dos usuários do Polo Industrial de Camaçari. O Polo poderia ser melhor gerido se fosse na forma de concessão, com uma parceria público-privada, por exemplo”, sugeriu Wagner.
“Assim, o Polo seria entregue para quem toca o dia a dia dos negócios, enquanto o estado teria um papel mais regulador”, vislumbrou. “O estado poderia arcar com os custos na forma de renúncia fiscal ou aportes”. Hoje, cada empresa é responsável pelo espaço físico das suas dependências, mas a gestão dos espaços comuns no que se refere à manutenção de vias públicas, iluminação, jardinagem e segurança, por exemplo, é compartilhada entre o governo do estado e a prefeitura de Camaçari. Agora, o Centro de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), estado e município estudam a possibilidade de uma gestão feita principalmente pelas empresas ou dividida entre empresários e governantes. Nesse sentido, o plano diretor propõe a criação de um Comitê Gestor que inclui as prefeituras de Camaçari e Dias D’Ávila, a Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic) e o Cofic, como adiantado pelo CORREIO na edição de quarta-feira. A criação do comitê, que definirá o plano de gestão mais adequado para o Polo, ainda depende de decreto governamental. “Hoje, a gente tem uma série de dificuldades, como os problemas de iluminação e segurança pública. Com o comitê, pode-se implantar um sistema de gestão semelhante ao existente em distritos industriais de países como Inglaterra e Alemanha, por exemplo”, sugeriu o presidente do Cofic, Marcelo Cerqueira. A segurança pública, sobretudo, é constante queixa do empresariado. “Desde 2010, tivemos 78 episódios de roubos de carga, o que gerou um prejuízo de R$ 22 milhões e até ceifou vidas. Esse é um dos principais problemas do Polo hoje”, disse o diretor-presidente da empresa de beneficiamento de cobre Paranapanema, Edson Monteiro. Ainda não existe um projeto concreto para o novo modelo de gestão, e adequações à legislação atual deverão ser necessárias. “Para mim, a melhor hipótese é encontrar a figura jurídica correta para fazer a gestão dessa área toda pela própria iniciativa privada, que é usuária de lá”, disse Wagner. 35 anosNo encontro de ontem, governantes e empresários comemoraram os 35 anos de fundação do Polo de Camaçari. Além do governador, também estiveram presentes ao evento os prefeitos de Camaçari, Ademar Delgado, e Dias D’Ávila, Jussara Márcia. O encontro contou com a presença do presidente da Fieb, José de Freitas Mascarenhas, e do ex-governador Roberto Santos (leia entrevistas na página ao lado). O novo plano diretor divide o Polo em sete zonas de ocupação industrial entre Camaçari e Dias D’Ávila e dobra sua área, dos atuais 13,4 mil hectares para 29,3 mil hectares. Para ser implantado, o plano ainda dependerá de licenciamento ambiental das áreas envolvidas pelo Inema. Na ocasião, diretores das empresas expressaram confiança no crescimento do complexo industrial nos próximos anos. O titular da SICM, James Correia, anunciou que o governo assinou o protocolo de intenções com uma empresa francesa do ramo de equipamentos para a exploração de petróleo. “Não posso dizer o nome da empresa, mas ela será fornecedora do pré-sal e fará um produto para injeção nos poços”, resumiu. Correia acrescentou que a empresa se instalará em uma área de 1 milhão de m² próxima à Cetrel.

Leia mais:

Venha para a comunidade IBahia
Venha para a comunidade IBahia

TAGS:

RELACIONADAS:

MAIS EM BAHIA :

Ver mais em Bahia