Cerca de 100 detentos custodiados no Conjunto Penal de Feira de Santana, a 109 km de Salvador, podem receber prisão domiciliar na tentativa de conter a quantidade de presos da cadeia, que hoje tem 820 ocupantes, mas capacidade para apenas 340. O anúncio da medida foi feito por Sandra Falcão, subcoordenadora da Defensoria Pública do município, depois de uma reunião na sede do órgão, que contou com a presença de representantes dos agentes penitenciários e da Polícia Civil. Segundo informações da TV Bahia, além do regime domiciliar para detentos condenados ou com prisão provisória decretada, ficou decidido também que o Conjunto Penal só receberá como novos detentos: homens presos em flagrante que precisem de cuidados médicos e mulheres presas também em flagrante. A falta de espaço no presídio ficou ainda mais evidente depois que quatro pavilhões tiveram que ser desocupados para início das obras de reforma na estrutura do Conjunto Penal. Desde então, os 840 detentos estão ocupando um espaço reservado para 150 pessoas. Paralisação dos agentes penitenciáriosOs agentes paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (31), impedindo a transferência de detentos do Complexo Policial Investigador Bandeira para a penitenciária de Feira de santana. De acordo com o sindicato da categoria, a ação aconteceu em protesto pela carência de servidores penitenciários na unidade e a superlotação de presos em decorrência da interdição de três celas do Complexo Policial do município, ocorrida no último dia 18 em razão de uma rebelião no local. Ainda de acordo com o sindicato, em nota à imprensa, o diretor do presídio, Edmundo Memeri, afirmou que "há dez dias o presídio está recebendo presos sem parar". Para Roquildes Ramos, coordenador do Sinspeb, a categoria fez propostas para aumentar o efetivo da unidade, mas a secretaria nunca respondeu.
O pedido de interdição das celas no Complexo Policial Investigador Bandeira foi feito pela Defensoria Pública de Feira de Santana. De acordo com informações do site Acorda Cidade, na manhã de hoje, seis suspeitos de praticar crimes na cidade foram apresentados na 2ª Delegacia e levados para o Conjunto, mas foram conduzidos de volta à unidade policial após ação dos manifestantes. A paralisação só foi suspensa depois de uma assembleia na tarde de segunda e do anúncio da reunião com representantes do poder público para discutir a questão da superlotação do presídio.
Agentes impediram entrada de novos presos |
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