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Dose de vacina de febre amarela será dividida entre pacientes

Campanha de vacinação vai acontecer a partir do dia 19 de fevereiro

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Redação iBahia

09/01/2018 às 12:14 • Atualizada em 31/08/2022 às 23:38 - há XX semanas
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Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro vão fazer campanha de vacinação com doses fracionada e padrão contra febre amarela. A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (9), e tem como objetivo, de acordo com a pasta, evitar a expansão da doença em áreas próximas de onde há circulação atualmente. Em São Paulo, 13 pessoas morreram por causa da doença.
No total, 19,7 milhões de pessoas em 75 municípios vão ser vacinadas. A medida é preventiva, segundo o Ministério da Saúde. Na Bahia, 2,5 milhões de pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813 mil com a dose padrão em oito municípios - as cidades não foram informadas. A vacinação vai acontecer entre 19 de fevereiro e 9 de março. O Dia D de mobilização vai acontecer no dia 24 de fevereiro.
Foto: Reprodução
A diferença entre a dose padrão e a fracionada está no volume. A dose padrão (0,5 Ml) protege por toda a vida, enquanto a dose fracionada (0,1 Ml) protege por pelo menos oito anos, segundo estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz). Um frasco com 5 doses da vacina de febre amarela, por exemplo, pode vacinar 25 pessoas e um frasco com 10 doses pode vacinar 50 pessoas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o fracionamento é recomendado quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional e que não tinham recomendação para vacinação anteriormente.
Quem pode tomar a vacina
A vacinação fracionada é recomendada para pessoas a partir dos dois anos. Porém, alguns públicos não são indicados para receber a dose fracionada, e, por isso, vão receber dose padrão: crianças de 9 meses a menores de 2 anos; pessoas com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/Aids, ao final do tratamento de quimioterapia, pacientes com doenças hematológicas, entre outras), gestantes e viajante internacional (devem apresentar comprovante de viagem no ato da vacinação).
A vacina também é contraindicada para pacientes em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão e pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo. No caso dos idosos, a vacinação deverá ser aplicada após avaliação dos serviços de saúde. Vale ressaltar que após a vacinação, as pessoas ficam impedidas de fazer doação de sangue por um período de quatro semanas.
O ministério vai repassar aos estados 15 milhões de doses fracionadas e 4,7 milhões de doses padrão, que será suficiente para vacinar 19,7 milhões de pessoas.
Repasses
Para a campanha de vacinação, os estados vão receber recursos do governo federal. Durante o mês de janeiro, os estados e municípios irão treinar os profissionais de saúde e adequar a logística para realização do fracionamento.
Para isso, o Ministério da Saúde deve repassar aos estados R$ 54 milhões do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra para auxiliar os estados na realização da campanha. Desse total, já foram repassados R$ 15,8 milhões para São Paulo e, até o fim deste mês, serão destinados R$ 30 milhões para o Rio de Janeiro e R$ 8,2 milhões para a Bahia.
Surto em 2017
Em 2017, o Ministério da Saúde enviou aos estados 45 milhões de doses da vacina, tanto para a rotina de vacinação como para o reforço nos estados afetados pelo surto. Somente para MG, RJ, SP, ES e BA foram distribuídas 32,8 milhões de doses extras. Além disso, foram distribuídas 12,2 milhões de doses da vacina de febre amarela na rotina para todos os estados da federação.
Entre dezembro de 2016 e junho de 2017, foram confirmados 777 casos e 261 óbitos por febre amarela, o que representou a maior transmissão da doença das últimas décadas. A região Sudeste concentrou a grande maioria das notificações, com 764 casos confirmados, seguida das regiões Norte (10 casos confirmados) e Centro-Oeste (3 casos). As regiões Sul e Nordeste não tiveram confirmações.
Segundo o Ministério da Saúde, de 1º de julho de 2017 a 8 de janeiro de 2018, a Bahia teve 11 casos notificados, 6 descartados e cinco ainda estão sob investigação.

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