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"Ela queria morrer na casa dela", diz filha de Dona Canô

Dona Canô morreu dez dias depois de ser internada no Hospital São Rafael por conta de uma isquemia cerebral transitória

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25/12/2012 às 18:28 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:39 - há XX semanas
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A filha mais velha de Dona Canô, Maria Clara, 80 anos, disse que a família está "em paz" com a morte da matriarca, que faleceu na manhã desta terça-feira (25) em Santo Amaro, no Recôncavo baiano. "Só temos a agradecer. Foram mais de 105 anos de vida. Fica uma saudade eterna, sentida, mas não desesperada, angustiada. Estamos em paz e agradecidos a Deus. Ela queria ir embora do hospital, ela pediu. Disse que queria morrer em Santo Amaro, na casa dela. Não teve dor e isso foi muito bom", declarou Clara ao portal Uol. Dona Canô morreu dez dias depois de ser internada no Hospital São Rafael por conta de uma isquemia cerebral transitória, um déficit neurológico causado geralmente pela diminuição do fluxo sanguíneo até a região do cérebro. Na última sexta, ela recebeu alta médica e voltou para casa em Santo Amaro, recebendo cuidados domiciliares de um home care. A alta veio a pedido da família e da paciente. "O maior desejo de D. Canô é passar este momento da sua vida no seu ambiente familiar", dizia o boletim médico, acrescentando ainda que ela havia atingido um estágio de estabilidade hemodinâmica e respiratória "minimamente satisfatório" para garantir a alta hospitalar com assistência domiciliar de "cuidados avançados".
Caetano, Clara e Dona Canô
Centenária baiana - Claudionor Viana Teles Velloso, mais conhecida como Dona Canô, era uma cidadã baiana centenária. Mãe de seis filhos, entre eles os músicos Caetano Veloso, Maria Bethânia, era viúva de José Teles Velloso (Seu Zeca), funcionário público dos Correios, falecido em 13 de dezembro de 1983, aos 82 anos. Considerada uma das mais ilustres cidadãs de Santo Amaro da Purificação, teve publicada suas memórias no livro 'Canô Velloso, lembranças do saber viver', escrito pelo historiador Antônio Guerreiro de Freitas e por Arthur Assis Gonçalves da Silva, falecido antes do término da obra. Quando perguntada sobre a própria fama, Dona Canô sempre disse que não entendia a razão: "Apenas fiquei conhecida por causa de meus dois filhos que nunca se esqueceram de onde vieram nem da mãe que têm".

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