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Estudante faz 'vaquinha' para fazer tratamento nos EUA

Tratamento custa R$ 181 mil; jovem interrompeu faculdade de odontologia por causa dos sintomas

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Redação iBahia

07/03/2022 às 18:37 • Atualizada em 31/08/2022 às 14:55 - há XX semanas
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Foto: Reprodução/TV Subaé

Um estudante precisou interrompeu a faculdade de odontologia, em Feira de Santana, cidade a 100km de Salvador, após perceber sintomas do Parkinsionismo, provocado pela doença de Parkinson. Agora, a jovem Brisa Silva, de 28 anos, busca um tratamento nos Estados Unidos.

Segundo o g1 Bahia, por conta das dificuldades físicas, ela teve que interromper o curso de odontologia para buscar o tratamento, que custa R$ 181 mil. O diagnóstico da jovem foi dado há três anos, e desde então, a família enfrenta o drama da filha.

"As mãos estavam muito lentas, o andar dela começou a mudar e ficar diferente", relatou a mãe da jovem, Lindaci de Jesus.

Entre os sintomas apresentados pela estudante foram dificuldade para urinar, lentidão dos movimentos e falta de firmeza para realizar tarefas simples, como fechar a porta do carro.

"Eu precisei largar a faculdade por causa de que eu estava sentindo um pouco de dificuldade na mão, na hora de atender os pacientes na clínica da faculdade", disse Brisa Silva.

O Parkinsionismo é o conjunto de sintomas que pode ter como causa a doença de Parkinson, pode ser caracterizada pela rigidez, tremores e lentidão dos movimentos. Mas, além disso, há várias outras condições que podem casas os sinais.

"Dentre as várias doenças que podem causar com esse sintoma do Parkinsionismo, a doença de Parkinson é mais comum, entretanto nós temos várias outras menos frequentes que o Parkinson. O uso de alguns medicamentos que são utilizados para tratar vertigem, doenças psiquiátricas, podem causar sintomas semelhantes", explicou a neurologista Juliana Nunes ao g1 Bahia.

Ainda segundo a profissional, os casos são raros em jovens e pode ser associado a algumas funções genéticas. A neurologista explicou que para fechar o diagnóstico da doença é necessário uma avaliação médica.

"Nós temos que fazer uma avaliação mais detalhada e acompanhar a evolução desse paciente. Precisa ser avaliado pelo especialista, porque o paciente pode apresentar algum sintoma clínico, algum dado dele que vai sugerir que ele está apresentando um tipo de doença do Parkinsionismo ou então a própria doença do Parkinson", contou.

Apesar de não existir cura para a doença de Parkinson, existe tratamento para melhorar a qualidade de vida.

"Nós temos alguns medicamentos que podemos utilizar e o paciente tem uma boa resposta em relação aos sintomas. Isso pode melhorar a qualidade de vida", contou a especialista.

Para fazer o tratamento, a família de Brisa está fazendo uma vaquinha para arrecadar o dinheiro necessário.

"O tratamento é desenvolvido por um médico brasileiro que mora nos Estados Unidos. Com esse tratamento a gente consegue reverter o quadro da doença", disse a estudante.

Apesar disso, a Academia Brasileira de Neurologia diz que não há qualquer sustentação científica que garanta resultados no tratamento.

"O tratamento de indução de proteínas com choque térmico é um tratamento que tem sido utilizado de forma experimental para tratar algumas doenças degenerativas como esclerose múltipla, o Parkinson, o Alzheimer, entretanto ainda não tem evidência científica que vai confirmar que irá trazer algum benefício para o paciente", relatou a neurologista Juliana Nunes.

"Tratar com a terapia de indução com choque térmico não é indicado pela Academia Brasileira de Neurologia justamente por ainda não ter evidência científica no Brasil".

Mas, mesmo sendo um tratamento experimental, a jovem e a família acreditam ue a estudante possa retomar os movimentos após o procedimento.

"Ainda é experimental, mas que tem dado sim muitos resultados. Em alguns vídeos que a gente tem visto, pacientes que já fizeram esse tratamento ficaram muito satisfeitos. O sonho da gente, da família, de Brisa, é que ela possa alcançar esse tratamento também", contou a mãe da estudante, esperançosa.

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