A fábrica de piso sintético para pista de atletismo que funcionava em três galpões na área da Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (Famfs) no bairro Aviário, foi destruída por um incêndio, ocorrido no início da tarde desta terça-feira (12). Nos galpões existiam cerca de trinta máquinas que eram utilizadas para cortar, triturar e confeccionar as placas de pistas de atletismo.Uma equipe do Corpo de Bombeiros, com o apoio do 35º Batalhão de Infantaria (35º BI) foi deslocada para o local para controlar o incêndio. O subtenente Raimundo dos Santos do 2º (Grupamento de Bombeiros Militares de Feira de Santana-GBM) informou que quando chegou à fábrica os três galpões já estavam em chamas e que todo o material acabou sendo perdido.
Na parte externa dos galpões da fábrica de piso e revestimento havia amontoados de borracha. Todo esse material se transformou em cinzas e a equipe do Corpo de Bombeiros teve uma atuação maior na área da frente dos galpões, onde não tinha muito material de borracha acumulado.Segundo informações do presidente do Conselho Fiscal da Famfs, Juca Dias, o incêndio começou por volta das 13h pela parte dos fundos dos galpões da fábrica. “Entramos em contato com o corpo de bombeiros, mas infelizmente parte da fábrica já estava em chamas. O teto da fábrica foi feito por material emborrachado, de fácil combustão e infelizmente metade do local ficou em chamas”, lamentou.Ele confirmou que a fábrica era composta por três galpões e toda a área dos fundos desses galpões, onde ficavam as máquinas, foi totalmente destruída. Juca Dias disse que as máquinas destruídas pelo incêndio tinham valores elevados, sendo que uma delas custou na época em que foi adquirida R$ 600.000. “Mas a maioria delas os valores eram em torno de R$100.000. Não podemos calcular o prejuízo total desse incêndio, mesmo porque nem todas as máquinas foram destruídas”, afirmou Juca Dias.O presidente do Conselho Fiscal disse ainda que como os galpões da área Famfs estão sem funcionar, esse de piso sintético, algumas pessoas costumavam queimar para retirar um material que ele acredita ser alumínio e que o incêndio segundo ele, pode ter sido criminoso.O voluntário da fundação, Wagner Ismael Silva, ex-interno da instituição, disse que mesmo com o não funcionamento dos galpões da fundação, cerca de 350 crianças são atendidas com aulas de percussão, fanfarras, coral e futebol. Ele conta que ainda luta pela instituição porque confia em Deus e que foi beneficiado quando era jovem. “Eu tenho 26 anos aqui e quando chegamos só tinham hortaliças e gado. Vi essa instituição crescer”, salientou.Ele lembra que a Famfs chegou a atender cerca de cinco mil crianças de bairros como Rua nova, Baraúnas, Aviário, entre outros que desenvolviam várias atividades. “Eu tive oportunidade de viajar para Alemanha, França e Itália. Além disso, sou um tratorista graças a Famfs e se não sou um marginal, foi também graças a esta instituição”, afirmou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
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