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Greve da policiais militares na Bahia entra no 11º dia

PMs e bombeiros do Rio de Janeiro decretaram greve após assembleia no Centro

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10/02/2012 às 7:32 • Atualizada em 30/08/2022 às 23:29 - há XX semanas
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O motim na Polícia Militar chega hoje ao 11º dia ainda sem sinal de que rumo o movimento vai tomar. Ontem, após a desocupação da Assembleia Legislativa, os amotinados se reagruparam à tarde no Sindicato dos Bancários, fizeram nova reunião e decidiram manter a greve, reivindicando o pagamento integral das gratificações até 2013 - o governo oferece escalonamento até 2015. Com o chefe do motim, o ex-PM Marco Prisco, preso desde a manhã, os policiais em greve não pareciam ter a mesma articulação, apesar dos gritos de ‘a greve continua’ no Quartel dos Aflitos. No interior, policiais militares começavam a voltar ao trabalho. Na capital, oficiais da Polícia Militar da Bahia estavam reunidos a portas fechadas em um salão do Hotel Fiesta, no Itaigara, para discutir a proposta do governo e o movimento dos subordinados. Participavam da assembleia 191 dos 1.700 oficiais vinculados à associação. O comandante da PM, coronel Alfredo Castro, esteve na reunião, conversou com os oficiais e saiu sem falar com os jornalistas. Coronéis informaram que entregariam os cargos caso o comandante-geral da PM, Alfredo Castro, seja demitido após o fim do motim. Até a meia-noite, horário de fechamento desta edição, os oficiais continuavam reunidos a portas fechadas. Em Salvador, os militares da Força Nacional e das Forças Armadas aumentaram sua presença nas ruas após a desocupação da Assembleia e o dia foi mais tranquilo, com menos ocorrências criminais. Mesmo assim, um menino de 12 anos morreu atingido dentro de um ônibus por uma bala perdida em Itinga, Lauro de Freitas. Enquanto isso, ao mesmo tempo em que os policiais baianos decidiam manter a paralisação, PMs e bombeiros do Rio de Janeiro encerravam uma assembleia na capital fluminense, com um ultimato para o governo estadual: atender suas reivindicações até meia-noite de ontem, sob pena de uma greve ser deflagrada. Não houve acordo e a greve foi declarada. Em uma das escutas divulgadas na quarta-feira, a deputada estadual do Rio de Janeiro, Janira Rocha (Psol), aparece orientando um grevista que estava na Bahia (o bombeiro Benevenuto Daciolo, já preso) a manter a greve até que a do Rio fosse deflagrada. Em outra conversa, Daciolo conversa com o deputaddo Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e garante que os amotinados vão atrapalhar o Carnaval de Salvador e do Rio. Nesta quinta (9), foi revelada mais uma conversa, por SMS, entre o chefe do motim, Marco Prisco, e a policial militar Jeane Batista de Souza, em que os dois combinam um ataque ao Batalhão de Guarda da PM. Jeane acabou presa na quarta-feira à noite, por agentes da Polícia Federal.

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