A greve de professores das universidades estaduais está mantida até que as negociações com o governo terminem, segundo informações da assessoria do movimento. Está marcada para esta segunda-feira (6) uma reunião com representates do governo na sede da Secretaria de Educação, em Salvador. Até lá, os professores e estudantes continuarão ocupando a Assembleia Legislativa no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Na segunda, serão analisadas as propostas elaboradas pelos administradores das instituições de ensino para professores e governo, em uma mesa oficial de negociação. A categoria em greve avaliou que as soluções apresentadas eram viáveis para que se iniciasse uma nova rodada de negociações. Caso aja acordo entre governo e professores, cada universidade deve se reunir em assembleia para avaliar as medidas e votar pelo fim ou não da greve.De acordo com a assessoria de comunicação da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Adufs), a proposta elaborada dos reitores prevê a incorporação da gratificação CET (Condições Especiais de Trabalho) ao salário base, com a restrição de dois anos sem ganhos salariais para categoria, dois anos a menos que o estabelecido pelo governo do estado. Justiça - Uma decisão proferida pelo juiz Mário Soares Caymme Gomes determinou que os docentes da Uneb retornassem em 24 horas ao trabalho, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 5 mil pela Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), ré no processo. Pelo entendimento da Justiça, a greve dos professores da Uneb é "abusiva" e vem sendo "exercida de maneira exageradamente ofensiva ao direito transindividual à educação". O juiz ainda declara em seu parecer que "não pode ser tolerado que todos os docentes simplesmente 'cruzem os braços' sem prestar serviço algum, pondo em risco o ano letivo". Os professores da Uneb, entretanto, afirmam que não foram comunicados formalmente e por conta disso não retomaram as atividades nesta quinta-feira (2). Histórico da greve - O movimento teve início no dia 8 de abril, quando a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) entraram em greve. Três dias depois, no dia 11 de abril, foi a vez dos professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) decretarem a greve. Por último, no último dia 26, os professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) ingressaram no movimento.
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