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Imóveis: conheça áreas campeãs e cuidados para financiar seguro

Levantamento da Caixa Econômica Federal indica que 64% dos financiamentos de Salvador são concentrados em cinco bairros

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16/06/2013 às 21:13 • Atualizada em 28/08/2022 às 6:26 - há XX semanas
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Jorge, que mora em Brotas, comprou apartamento financiado
A Seleção Brasileira não sabe se fará uma boa campanha na Copa deste ano e no Mundial de 2014. Mas, no mercado imobiliário, os campeões já estão definidos pelo menos pelos próximos cinco anos. Piatã, Paralela, Estrada Velha do Aeroporto, CIA e Brotas são as cinco regiões com maior número de financiamentos imobiliários.Levantamento da Caixa Econômica Federal, obtido com exclusividade pelo Correio Imóveis, indica que 64% dos financiamentos de Salvador são concentrados nesses cinco bairros. Os dados referem-se aos 39 empreendimentos com 9.724 unidades habitacionais financiados pelo banco e concluídos em 2013, em construção ou que terão obras iniciadas este ano. O volume é maior do que as outras 15 regiões da cidade, onde o banco liberou financiamento.Os cinco campeões do financiamento têm maioria do crédito pelo volume de grandes terrenos disponíveis para venda e construção. “O grande diferencial para criar esses vetores de expansão é a oferta de terreno. Nessas regiões há uma grande oferta de espaços para construir e interesse da construção civil em fazer projetos”, explica Dimas Neto, gerente de habitação da Caixa Econômica Federal. A estimativa de Dimas é que o volume de financiamentos continue alto nessas regiões pelo menos pelos próximos cinco anos. “Ainda há muitos terrenos disponíveis. Depois, o caminho natural é que se vá para o Litoral Norte, como já acontece hoje em Lauro de Freitas”, afirma Dimas. Renato Simões, diretor da Ramos Catarino Brasil, explica que o sucesso de vendas financiadas em bairros como Brotas é por conta da localização. “O sucesso destes bairros deve-se, sobretudo, a dois fatores: a facilidade de acessos, e disponibilidade de infraestruturas, já que estão próximos de universidade, hospital, shoppings, banco, hipermercado, escola, entre outros. Além disso, são bairros agradáveis de morar, se observarmos que as pessoas querem mudar para um imóvel novo, mas querem permanecer nestes", enumera. Diferenças - Em Brotas, a demolição de casas antigas coloca o bairro no topo. Foi nesse bairro que o técnico de segurança do trabalho Jorge Eduardo de Souza Rego, 38 anos, comprou um imóvel financiado no empreendimento Natura Jardim da Ramos Catarino “Acredito que o financiamento é o meio que podemos contar para adquirir a casa própria e a saída do aluguel”, explica. O técnico mora no bairro há mais de cinco anos e por isso decidiu financiar seu primeiro imóvel na mesma região.Renato Simões explica que o perfil do cliente que busca financiamentos é diversificado, independentemente do bairro. “Esses financiamentos estão mais concentrados nas pessoas de baixa renda, que assim conseguem comprar os seus imóveis. Mas também temos casos de pessoas com rendas mais altas, mas que aproveitaram a baixa nas taxas de juros para alavancar os seus investimentos imobiliários”, relata. O gerente de habitação da Caixa esclarece que a maioria das pessoas que buscam financiamento está à procura do primeiro imóvel. “A maioria é de pessoas, entre 25 e 45 anos, que já possuem algum dinheiro para dar uma entrada e financiar o restante”, pontua.Mercado - Pedro Aragão, diretor regional da OAS Empreendimentos na Bahia, acredita que a facilidade de acesso ao crédito estimula o consumo. “Hoje em dia, o financiamento é uma realidade em qualquer segmento. Antes, as taxas de juros eram mais atraentes para quem adquiria imóveis de até R$ 500 mil, mas com a redução dos juros também para imóveis mais caros, as classes média e alta estão optando pelo financiamento. É um recurso que dá um maior poder de compra ao cidadão”, argumenta.Aragão avalia que o momento econômico é propenso ao desenvolvimento do crédito imobiliário. “Se temos mais crédito para que as pessoas comprem imóveis, temos procura e se temos procura, precisamos ter oferta. Essa dinâmica favorece o mercado imobiliário que, podemos dizer, atingiu uma certa maturidade no Brasil”, explica.

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