Jovem foi morto uma semana após namorada ter sido executada

Amilton Junior Pitangueira Pereira, 18 anos, morto com quatro tiros na noite da última quarta-feira (26), foi assassinado uma semana depois da namorada também ter sido executada em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador. Amilton era filho de uma vereadora da cidade e foi acusado de matar um empresário de 38 anos por ciúmes da namorada em julho deste ano. A polícia investiga se existe relação entre os três crimes. Segundo informações de policiais da 17ª Delegacia/Madre de Deus, o jovem estava próximo à Igreja de Nossa Senhora do Bonfim, na orla da cidade, quando um homem se aproximou e disparou quatro vezes. Amilton foi atingido por quatro tiros na cabeça, no ombro e no pescoço. O autor dos disparos, que não foi identificado, fugiu em seguida. A polícia chegou a ser acionada por testemunhas por conta dos vários disparos, porém, ao chegar ao local, já encontrou Amilton morto. O corpo foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, onde deve ser liberado para sepultamento na final da manhã desta quinta-feira (27). A Polícia Civil investiga se há relação da morte do jovem com o assassinato de Ana Kelle de Jesus da Silva, 23, morta com um tiro na cabeça no último dia 20. Segundo a polícia, a jovem estava em um bar quando recebeu uma ligação que a fez deixar o local rapidamente. Minutos depois, o corpo de Kelle foi encontrado em uma rua de Madre de Deus. CrimeEm agosto deste ano, quando Amilton tinha então 17 anos, ele foi acusado pela Polícia Civil de ter assassinado um empresário em Madre de Deus. Raylton Matos Andrade, 38 anos, foi morto a tiros em julho deste ano depois de consumir drogas e bebida alcoólica com Amilton e outros dois adolescentes, de 13 e 15 anos. O jovem, que é filho da vereadora de Madre de Deus Tânia Pitangueira e sobrinho do secretario de Desenvolvimento Econômico do mesmo município, foi apreendido dentro de casa, no bairro de Tancredo Neves, em Salvador. Ele foi encaminhado para a 17ª Delegacia Territorial (DT/Madre de Deus), onde prestou depoimento para a delegada Maria Selma Pereira Lima. Na época, a Polícia Civil divulgou que o jovem confessou o crime, o que foi negado pela família. De acordo com a polícia, Amilton matou Raylton por este ter flertado com sua namorada, apontada como sendo garota de programa. Ele também teria dito que já havia atirado em outros dois homens pelo mesmo motivo. O irmão e advogado de Amilton, Anderson Pitangueira, disse que, segundo o jovem, outro adolescente que estava com o grupo foi responsável pelos disparos. Ele também negou que a motivação do crime tenha sido ciúmes. "O menor estava envolvido com a mulher, mas não sabemos se ela é garota de programa, e as investigações apontam uma dívida de drogas como motivo do crime, e não ciúmes", explicou Anderson Pitangueira. Ele ainda afirma que não houve outras duas pessoas baleadas pelo adolescente por conta de ciúmes. Na época, Amilton chegou a ser encaminhado para a Comunidade de Atendimento Sócio-educativo (CASE), no bairro de Tancredo Neves, e não há informações sobre quando foi liberado. Matéria original do Correio Filho de vereadora foi morto uma semana após namorada ter sido executada em Madre de Deus