A Justiça Federal na Bahia concedeu uma liminar que determina que a Caixa Econômica Federal não exija idoneidade cadastral de estudantes que vão realizar renovação de contrato com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) - ou seja, a Caixa não pode exigir o nome "limpo" dos estudantes.
A decisão veio depois de ação do Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA) e vale para estudantes de todo o estado que tenham dívidas não relacionadas ao próprio financiamento estudantil. Os contratos feitos com o Fies têm validade de 6 meses e depois precisam ser renovados, momento em que a situação cadastral é consultada. Segundo alunos, a Caixa estava negando renovação de contratos de alguns estudantes por conta do nome com restrições em cadastros de inadimplência no SPC ou Serasa. Para o MPF, a prática da Caixa e do Ministério da Educação (MEC) é abusiva e viola o direito social de acesso à educação, como prevê a Constituição Federal. Com a decisão, os casos de estudantes sem idoneidade cadastral devem ser analisados. Quando não houver idoneidade cadastral no momento da obtenção do financiamento e quando os alunos já tiverem dívidas relacionadas aos próprio contrato com o Fies, ou outro financiamento estudantil anterior, a instituição tem o direito de renovar o contrato somente quando a situação for resolvida. Nos casos em que a dívida não tenha relação com estes financiamentos, a renovação do contrato poderá ser realizada. Matéria original: Correio 24h Justiça proíbe Fies de cobrar "nome limpo" de estudantes na Bahia
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